GEOGRAFIA: A QUESTÃO ENERGÉTICA E AMBIENTAL NO NORTE
DO BRASIL
7ºANO
- HISTÓRIA
SEMANA: 23/11 a 27/11
O CICLO DO AÇÚCAR
CONTEXTO HISÓRICO
O açúcar comum é
resultado de um processo de transformação que foi desenvolvido por volta do
século VI a.C. a partir da cana-de-açúcar. As Cruzadas foram
responsáveis pelo acesso dos povos europeus a essa iguaria, que passou a ser
muito apreciada. Por volta do século XII, a então República de Veneza passou a
dominar seu processo de produção e abastecer a Europa.
O que podemos chamar
de revolução do mercado açucareiro só ocorreu a partir
das expansões marítimas europeias por meio, sobretudo, do Oceano
Atlântico, no contexto mercantilismo. Pequenas ilhas passaram a
comportar estruturas de produção açucareiras.
Portugal passou a
desenvolver a produção de açúcar em maior escala a partir de meados do século
XV, nos territórios da Ilha da Madeira, Açores e Cabo
Verde. Portanto, antes dessa produção chegar às colônias nas Américas, por volta
do século XVI, os portugueses já dominavam as técnicas de produção do açúcar,
inclusive com a implementação da mão de obra escrava.
Após o estabelecimento
dos portugueses, em 1500, na terra em que seria chamada de Brasil, a
produção do açúcar não foi implementada a princípio. Até 1530, consolidou-se o
que ficou conhecido como o ciclo do Pau-Brasil, no qual a madeira que
concede o nome ao ciclo era o principal produto comercializado entre a colônia
e a metrópole.
Foi somente a partir
das expedições colonizadoras designada pelo Império Português a Martim
Afonso de Sousa, entre 1530 e 1532, que a produção do açúcar passou a se
desenvolver no Brasil, tornando-se, depois, a base da economia
colonial até o século XVIII e caracterizando o que ficou conhecido como Ciclo
do Açúcar.
OS
ENGENHOS
Sob a lógica
do mercantilismo, Portugal estabelecia uma série de normas e regras
às suas colônias com o objetivo de manter uma exclusividade comercial tanto na
compra de matérias-primas a preços baratos quanto na venda de produtos
manufaturados a preços mais elevados. Esse conjunto de regras e normas ficou
conhecido como o Pacto Colonial.
Os engenhos eram
unidades produtivas que estruturaram boa parte da sociedade colonial. Eram
instalados em latifúndios, concedidos a donatários pelo Império Português
por meio sistema de sesmarias. A mão de obra utilizada era
predominantemente escravagista.
Em um primeiro momento,
entre o século XVI e o início do XVII, os indígenas foram utilizados
como mão de obra escrava. Contudo, uma série de problemas começou a se colocar
frente à escravização indígena. Os primeiros contatos com diferentes povos
nativos e complicações como epidemias e choques culturais dificultavam
o apresamento desses povos. Ao mesmo tempo, os jesuítas, que chegaram
em missão à colônia brasileira em meados do século XVI, passaram a se opor à
utilização dos índios para trabalhos forçados.
Diante dessas
dificuldades, tráfico negreiro, possibilitou a substituição da mão de obra
indígena pelos africanos escravizados. A escravidão africana,
os latifúndios e a monocultura de exportação passaram a ser
as bases do sistema que ficou conhecido com plantation. Esse quadro é
fundamental para entendermos o funcionamento do engenho e como essa dinâmica
atingiu diretamente a estrutura social que se formava na colônia.
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GEOGRAFIA
A QUESTÃO ENERGÉTICA E AMBIENTAL NO
NORTE DO BRASIL
Hidrografia
e impactos socioambientais das hidrelétricas
A nossa sociedade é dependente da
energia elétrica e das fontes de combustíveis. Seja para fins pessoais ou
coletivos, precisamos utilizar recursos naturais para produzir energia, seja de
fontes limpas (sustentável e indicada) ou sujas (destrutivas e
que devem ser evitadas.
A produção
energética brasileira tem, em sua matriz, forte presença de fontes
limpas na produção de energia (ver figura1). Isso faz com que nosso país
seja destaque como um dos países com a matriz energética mais sustentável.
Outros países mais desenvolvidos usam fontes mais poluentes do que as
utilizadas pelo Brasil. Mas dados mostram que as potencialidades de
utilização de fontes limpas no país são maiores.
Figura 1 – Matriz Energética Brasileira, 2019
Gráfico acima apresenta a participação
das fontes de energia na Matriz Elétrica Brasileira em 2019. É possível
perceber que a maior parte provém de fontes limpas (força das águas,
força dos ventos e uma importante participação da energia solar.
Apesar do grande potencial representado
pelo gigantesco volume hídrico da Região Norte, o aproveitamento
hidrelétrico de seus rios é considerado pequeno (ver figura 2). A
instalação de usinas hidrelétricas causam impactos
socioambientais inegáveis, como a remoção de povoados e, até mesmo,
cidades inteiras; inundação de grandes extensões de terra, que serão
ocupadas pela água barrada do rio; a possível extinção de espécies
endêmicas; aumento da poluição do ar durante a construção da usina; e crescimento
demográfico acelerado (ver figura 3).
Figura
2 – Potencial hidrelétrico total de algumas regiões dos estados brasileiros.
Na figura acima, vemos o potencial de
geração de energia hidrelétrica em determinadas regiões. Quanto mais escura for
a tonalidade da cor, maior será o potencial da região. Destacam-se áreas da
Bacia do Rio Paraná, Rio São Francisco e Bacia Amazônia. O potencial
investigado é menor do que o potencial previsto. Isso quer dizer que há mais
capacidade do que sabemos.
Figura
3 – Mapeamento da Amazônia: áreas de proteção legal.
A necessidade de geração de energia
elétrica para consumo em residências, comércios e indústrias, devido ao
crescimento econômico e demográfico brasileiro (tanto da Região Norte como das
demais regiões), levou o Governo Federal a
planejar a construção de novas usinas na Região. Esses projetos são
criticados devido aos impactos socioambientais locais e regionais produzidos.
Nesse sentido, devemos questionar o real
significado do tempo “energia limpa”. Quando utilizada para denominar as fontes
de energia, o termo está correto. Entretanto, os impactos socioambientais
produzidos, levantam dúvidas e nos leva a perguntar: quem é realmente
beneficiado?
Resumindo:
·
O Norte tem grande potencial de geração
de energia a partir de fontes limpas;
·
A Matriz Energética Brasileira tem forte
participação de fontes limpas;
·
As usinas hidrelétricas produzem a maior
da energia consumia no país;
·
A crescente demanda conduz à necessidade
de explorar as fontes de energia;
·
Os impactos socioambientais da
construção de usinas são grandes;
·
Comunidades inteiras são impactadas com
essas ações.
Leitura
do texto da página 122 – “O conflito do governo com indígenas na
construção de mais de 40 hidrelétricas na Amazônia”. Responder as questões 1
e 2 da mesma página.
Leitura
do texto da página 123 – “Belo Monte e os impactos sobre a população do
Xingu e de Altamira”. Responder as questões 1, 2 e 3 da mesma página.
E as tarefa de história
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