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9°Ano: Laboratórios 17/09

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

7ºANO: HISTÓRIA E GEOGRAFIA (23 A 27/11)

 GEOGRAFIA: A QUESTÃO ENERGÉTICA E AMBIENTAL NO NORTE

DO BRASIL


HISTÓRIA: BRASIL COLONIAL - PARTE II


7ºANO - HISTÓRIA

SEMANA: 23/11  a 27/11

O CICLO DO AÇÚCAR

CONTEXTO HISÓRICO

O açúcar comum é resultado de um processo de transformação que foi desenvolvido por volta do século VI a.C. a partir da cana-de-açúcar. As Cruzadas foram responsáveis pelo acesso dos povos europeus a essa iguaria, que passou a ser muito apreciada. Por volta do século XII, a então República de Veneza passou a dominar seu processo de produção e abastecer a Europa.

O que podemos chamar de revolução do mercado açucareiro só ocorreu a partir das expansões marítimas europeias por meio, sobretudo, do Oceano Atlântico, no contexto mercantilismo. Pequenas ilhas passaram a comportar estruturas de produção açucareiras.

Portugal passou a desenvolver a produção de açúcar em maior escala a partir de meados do século XV, nos territórios da Ilha da Madeira, Açores e Cabo Verde. Portanto, antes dessa produção chegar às colônias nas Américas, por volta do século XVI, os portugueses já dominavam as técnicas de produção do açúcar, inclusive com a implementação da mão de obra escrava.

Após o estabelecimento dos portugueses, em 1500, na terra em que seria chamada de Brasil, a produção do açúcar não foi implementada a princípio. Até 1530, consolidou-se o que ficou conhecido como o ciclo do Pau-Brasil, no qual a madeira que  concede o nome ao ciclo era o principal produto comercializado entre a colônia e a metrópole.

Foi somente a partir das expedições colonizadoras designada pelo Império Português a Martim Afonso de Sousa, entre 1530 e 1532, que a produção do açúcar passou a se desenvolver no Brasil, tornando-se, depois, a base da economia colonial até o século XVIII e caracterizando o que ficou conhecido como Ciclo do Açúcar.

OS ENGENHOS

Sob a lógica do mercantilismo, Portugal estabelecia uma série de normas e regras às suas colônias com o objetivo de manter uma exclusividade comercial tanto na compra de matérias-primas a preços baratos quanto na venda de produtos manufaturados a preços mais elevados. Esse conjunto de regras e normas ficou conhecido como o Pacto Colonial.

Os engenhos eram unidades produtivas que estruturaram boa parte da sociedade colonial. Eram instalados em latifúndios, concedidos a donatários pelo Império Português por meio sistema de sesmarias. A mão de obra utilizada era predominantemente escravagista.

Em um primeiro momento, entre o século XVI e o início do XVII, os indígenas foram utilizados como mão de obra escrava. Contudo, uma série de problemas começou a se colocar frente à escravização indígena. Os primeiros contatos com diferentes povos nativos e complicações como epidemias e choques culturais dificultavam o apresamento desses povos. Ao mesmo tempo, os jesuítas, que chegaram em missão à colônia brasileira em meados do século XVI, passaram a se opor à utilização dos índios para trabalhos forçados.

Diante dessas dificuldades, tráfico negreiro, possibilitou a substituição da mão de obra indígena pelos africanos escravizados. A escravidão africana, os latifúndios e a monocultura de exportação passaram a ser as bases do sistema que ficou conhecido com plantation. Esse quadro é fundamental para entendermos o funcionamento do engenho e como essa dinâmica atingiu diretamente a estrutura social que se formava na colônia.

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GEOGRAFIA

A QUESTÃO ENERGÉTICA E AMBIENTAL NO NORTE DO BRASIL

 

Hidrografia e impactos socioambientais das hidrelétricas

 

A nossa sociedade é dependente da energia elétrica e das fontes de combustíveis. Seja para fins pessoais ou coletivos, precisamos utilizar recursos naturais para produzir energia, seja de fontes limpas (sustentável e indicada) ou sujas (destrutivas e que devem ser evitadas.

A produção energética brasileira tem, em sua matriz, forte presença de fontes limpas na produção de energia (ver figura1). Isso faz com que nosso país seja destaque como um dos países com a matriz energética mais sustentável. Outros países mais desenvolvidos usam fontes mais poluentes do que as utilizadas pelo Brasil. Mas dados mostram que as potencialidades de utilização de fontes limpas no país são maiores.

 

Figura 1 – Matriz Energética Brasileira, 2019

Gráfico acima apresenta a participação das fontes de energia na Matriz Elétrica Brasileira em 2019. É possível perceber que a maior parte provém de fontes limpas (força das águas, força dos ventos e uma importante participação da energia solar.

Apesar do grande potencial representado pelo gigantesco volume hídrico da Região Norte, o aproveitamento hidrelétrico de seus rios é considerado pequeno (ver figura 2). A instalação de usinas hidrelétricas causam impactos socioambientais inegáveis, como a remoção de povoados e, até mesmo, cidades inteiras; inundação de grandes extensões de terra, que serão ocupadas pela água barrada do rio; a possível extinção de espécies endêmicas; aumento da poluição do ar durante a construção da usina; e crescimento demográfico acelerado (ver figura 3).

 

 

Figura 2 – Potencial hidrelétrico total de algumas regiões dos estados brasileiros.


Na figura acima, vemos o potencial de geração de energia hidrelétrica em determinadas regiões. Quanto mais escura for a tonalidade da cor, maior será o potencial da região. Destacam-se áreas da Bacia do Rio Paraná, Rio São Francisco e Bacia Amazônia. O potencial investigado é menor do que o potencial previsto. Isso quer dizer que há mais capacidade do que sabemos.

 

Figura 3 – Mapeamento da Amazônia: áreas de proteção legal.


A necessidade de geração de energia elétrica para consumo em residências, comércios e indústrias, devido ao crescimento econômico e demográfico brasileiro (tanto da Região Norte como das demais regiões), levou o Governo Federal a planejar a construção de novas usinas na Região. Esses projetos são criticados devido aos impactos socioambientais locais e regionais produzidos.

Nesse sentido, devemos questionar o real significado do tempo “energia limpa”. Quando utilizada para denominar as fontes de energia, o termo está correto. Entretanto, os impactos socioambientais produzidos, levantam dúvidas e nos leva a perguntar: quem é realmente beneficiado?

 

Resumindo:

·         O Norte tem grande potencial de geração de energia a partir de fontes limpas;

·         A Matriz Energética Brasileira tem forte participação de fontes limpas;

·         As usinas hidrelétricas produzem a maior da energia consumia no país;

·         A crescente demanda conduz à necessidade de explorar as fontes de energia;

·         Os impactos socioambientais da construção de usinas são grandes;

·         Comunidades inteiras são impactadas com essas ações.

 

ATIVIDADES:

 

Leitura do texto da página 122 – “O conflito do governo com indígenas na construção de mais de 40 hidrelétricas na Amazônia”. Responder as questões 1 e 2 da mesma página.

 

Leitura do texto da página 123 – “Belo Monte e os impactos sobre a população do Xingu e de Altamira”. Responder as questões 1, 2 e 3 da mesma página.










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