O amanhã sustentável se constrói hoje
Sentada no chão de um quintal silencioso,
observo as plantas, admiro o luar
e ao fechar os olhos, me conecto com a natureza
e quase que
de forma mágica, passo a sonhar.
Vejo um mundo novo!
Onde há mais bicicletas e menos carros. 
Menos fumaça e mais ar puro, 
pois, nesse lugar, a natureza é sagrada 
e ninguém pensa que os recursos naturais não têm
importância 
ou que podem ser moldados e trocados por um mero papel,
chamado o dinheiro. 
Ah, dinheiro!
Cédulas com desenhos de animais
que levam pessoas a brigarem
e esquecerem de escutar o “grito de socorro”
dos animais de carne e osso
que estão morrendo
em florestas incendiadas.
Lá também, a água era potável,
e, por ser um direito constitucional, não era comercializada. 
O consumismo era algo desconhecido, 
porque tudo que fosse possível era reciclado e
reutilizado, 
e todos os biomas eram bem cuidados. 
As florestas não eram desmatadas 
para a construção de
novos prédios,
pois as pessoas tinham consciência 
de que os
animais não podem pagar aluguel 
e o concreto não pode, assim como as plantas, 
nos dar um clima ideal,
porque para viver bem e
de forma mais agradável
é essencial preservar o
ambiente em que vivemos. 
A ideia de modernidade não estava atrelada à destruição, 
pois é um paradoxo que o homem chegue à lua
e estude outros planetas,
mas destrua seu próprio lar e ignore a morte gradativa 
das maiores florestas do mundo,
em nome de
seus interesses cruéis e desnecessários. 
De repente, acordo e retorno para este mundo real 
que ainda precisa superar os desafios:
a fome, a desigualdade e a pobreza, 
mas que também possui tantas possibilidades para a
criação 
de uma humanidade
com mais isonomia e justiça. 
Assim, me pego pensando 
que talvez eu não estivesse sonhando, 
mas sim, fazendo planos,
porque ainda existe esperança de uma população renovada
que esteja sempre à disposição, 
encarando esta missão de enxergar além e resgatar o meio
ambiente,
para melhorar o futuro da nova geração 
e deixar um legado de cuidado
e não de descaso.
Para isso,é preciso fortalecer as raízes ancestrais, 
nos conectando com os povos nativos
que têm tanto a nos ensinar sobre preservação, 
pois essa luta é de todos e de todas.
É de mulheres, de indígenas, de negros e negras,
sem exclusão, sem desigualdades e sem preconceitos,
porque um desenvolvimento sustentável 
gera emprego e qualidade de vida,
beneficiando as pessoas que mais precisam. 
Não existe tempo para espera,
por isso, use mais aquela bicicleta guardada,
compre objetos
de marcas que respeitem a natureza,
e não maltratem ou façam testes em animais. 
Essas ações podem parecer pequenas,
mas, na Química, pequenos monômeros formam macromoléculas,
que não é diferente na sociedade, 
porque a colaboração de cada um
nos leva para mais perto
de um futuro melhor
e um amanhã sustentável 
que deve começar hoje,
agora.
Isabele Lima

Parabéns, Isabele!
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