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9°Ano: Laboratórios 17/09

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

9ºANO: HISTÓRIA E GEOGRAFIA

SEMANA(26 A 30/10)




GEOGRAFIA: Rússia: De superpotência a país emergente

HISTÓRIA

TEMA: ERA VARGAS


ATIVIDADE SEMANAL

Link: 

Atividade Semanal - Era Vargas (clique aqui!)


SEMANA: 26 a 30/10

 

 

Era Vargas corresponde ao período em que Getúlio Vargas (1882-1954) governou o Brasil em três momentos:

Governo Provisório: 1930-1934

Governo Constitucional: 1934-1937

Estado Novo: 1937-1945

Governo Provisório (1930-1934)

 

O GOVERNO PROVISÓRIO

Caracterizou-se pelo início do processo de centralização do poder, pela eliminação dos órgãos legislativos em níveis federal, estadual e municipal e ausência de eleições.Também foram criados novos ministérios como o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e Saúde, ambos em 1930.

Estas medidas, somadas à nomeação de interventores estaduais, provocaram o descontentamento de vários estados. Em particular, o estado de São Paulo, que pegou em armas contra Getúlio Vargas, num levante conhecido como a Revolução Constitucionalista.

Após a Revolução Constitucionalista de 1932, Getúlio Vargas teve que promover eleições legislativas e convocar a Assembleia Constituinte para elaborar uma nova Carta Magna em 1934.Nesta, havia importantes mudanças políticas, como o voto feminino, estabeleceu o ensino primário gratuito e obrigatório, e criou a Justiça do Trabalho.

GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934-1937)

 

Durante o Governo Constitucional ocorre a Revolta Comunista, conhecida como Intentona, em oposição ao governo.O Partido Comunista Brasileiro estava ilegal desde 1927 e muitos de seus membros participaram da ANL (Aliança Nacional Libertadora) . No entanto, esta também seria extinta e vários dos seus membros foram perseguidos.

Alguns setores do PCB e da ANL tentam tomar o poder através das armas e então, tentam articular a Intentona Comunista, de 1935, dirigida por Luís Carlos Prestes (1898-1990). O golpe não se concretiza e a repressão foi feroz, incluindo torturas e prisões ilegais por parte da polícia política chefiada por Filinto Müller (1900-1973).

Dois anos mais tarde, em 1937, Getúlio Vargas alega que existia outra tentativa de golpe comunista, conhecida como Plano Cohen. Este será o pretexto para o fechamento do Congresso, cancelamento das eleições presidenciais e a anulação da Constituição de 1934.Na verdade, o plano foi realizado pelo capitão integralista e aliado de Vargas, Olímpio Mourão Filho (1900-1972), e utilizado pelo governo para justificar o estado de sítio e inaugurar o Estado Novo.

ESTADO NOVO (1937-1945)


Trabalhadores homenageiam Getúlio Vargas na Esplanada do Castelo, em 1940, no Rio de Janeiro

O Estado Novo é lembrado pela História de maneira contraditória.O Estado Novo é considerado o período mais repressivo e ditatorial da Era Vargas, quando é proclamada a Constituição de 1937. Ao mesmo tempo é lembrado como uma época dourada onde os direitos trabalhistas foram criados.

A nova Carta Magna extinguiu os partidos políticos, instituiu o regime corporativo e acabou com a independência entre os três poderes. Por ter sido inspirada na Constituição polonesa de 1926 foi apelidada de "Polaca".

Ademais, a partir de novembro de 1937, Vargas impôs a censura aos meios de comunicação para impedir que a mídia divulgasse qualquer crítica ao governo.Em 1938, indignados com o rumo centralista que tomava o governo, a Ação Integralista Brasileira planeja um golpe. Liderada por Plínio Salgado (1895-1975) e Gustavo Barroso (1888-1959), os integralistas tentam tomar o poder, mas são derrotados e seus participantes são presos ou exilados.

No plano econômico, a Era Vargas se caracteriza por medidas de nacionalização, bem como levar a cabo sua política trabalhista com a concepção da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). No âmbito legislativo, estabeleceu o Código Penal e o Código de Processo Penal.

ERA VARGAS E SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, o Brasil toma a decisão de manter-se neutro diante do conflito europeu.No entanto, no governo existiam aqueles que eram a favor de apoiar o Eixo e os que desejavam se aproximar dos Aliados.

Devido à pressão americana, Getúlio Vargas decide declarar guerra à Alemanha e, posteriormente, mandar soldados para Europa e ceder uma base aérea para os americanos em Natal (RN).Em troca, houve concessão de empréstimos e modernização do armamento do Exército brasileiro.

FIM DA ERA VARGAS

A contradição entre lutar contra uma ditadura e viver num regime sem democracia determinou o começo do fim da Era Vargas.Vários intelectuais, associações de estudantes e mesmo parte dos militares, começam a protestar abertamente contra o regime varguista.

No dia 29 de outubro de 1945, Getúlio Vargas foi deposto por um golpe militar e pela U.DN. (União Democrática Nacional), sendo conduzido ao desterro na sua cidade natal, São Borja/RS.


Manchete do jornal "A Última Hora" no dia seguinte à morte de Getúlio Vargas

Porém, em 1951, retornaria à Presidência concorrendo pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Neste mandato, alcançado pelo voto popular, lança as bases para criação da Petrobras.


Vargas suicidou-se no Palácio do Catete em 24 de agosto de 1954 com um tiro no peito. Sua carta-testamento explicava os motivos de sua decisão com uma frase célebre: "Deixo a vida para entrar na História".


GEOGRAFIA

RÚSSIA: DE SUPERPOTÊNCIA A PÁIS EMERGENTE

 

A perda da hegemonia:

 

Com a transição de uma economia socialista para a capitalista, a Rússia passou por forte queda no seu Produto Interno Bruto (PIB), com impactos socioeconômicos recorrentes, desvalorização da moeda e inflação. A introdução imediata de uma economia de mercado abalou os alicerces do cotidiano russo, alterando as relações da economia diária das pessoas – aluguel, contas básicas e alimentos, agora sem subsídios do Estado, aumentam seu valor.

A Rússia era a mais importante das repúblicas soviéticas devido à extensão territorial, contingente populacional, poder bélico, parque produtivo e presença de recursos naturais variados. A economia era planificada, guiada por Planos Quinquenais e com forte atuação do Estado em todos os setores.

A introdução do capitalismocolapsou o modelo de desenvolvimento até então vigente, alterando as relações de compra e venda de produtos básicos, aquisição de moradia, educação, saúde, dentre outros. Entretanto, muitos aspectos socioeconômicos soviéticos permanecem na Rússia contemporânea.

 

A primeira perda: socialismo vs. Capitalismo

 

Com a flexibilização introduzida pelas reformas de Gorbachev e o desmantelamento econômico, movimentos independentistas ganham força. Nos países bálticos (Letônia, Lituânia e Estônia), esses movimentos ganham adesão popular e estas repúblicas voltam-se ao ocidente, marcando uma perda geopolítica russa.

Com desestabilização do regime soviético, países que estavam sob sua influência na Europa Oriental (sobretudo), veem seus governos perderem legitimidade e recursos. A URSS diminui financiamentos e linhas de créditos à outras repúblicas socialistas e estas, por sua vez, entram em crise econômica e ebulição social, dando origem à movimentos de abertura econômica, independência política e aproximação aos EUA e União Europeia (ver figura 1).

 

Figura 1 – Países capitalistas e socialistas na Europa até 1989.




A segunda perda: hegemonia bélico-militar

Associado às perdas políticas descritas anteriormente, a Rússia vê seu poderio militar, ao menos nos anos iniciais após o fim da URSS, diminuído. Embora permaneça como um país de expressivo poder bélico-militar a nível global, sua área de influência sofre abalo com a expansão da presença dos EUA e da União Europeia (ver figura 2).

 

Figura 2 – Perda de hegemonia bélico-militar

























A economia e população russas no século XXI

Com a desintegração da União Soviética, alguns problemas econômicos passaram a afligir o país, como a diminuição das reservas econômicas, a queda nas exportações, o aumento da pobreza e o desemprego. Tais obstáculos são produtos da transição rápida de uma economia socialista para capitalista, com consequências diretas na economia e sociedade russas.

Nessa transição, a Rússia enfrentou obstáculos e desafios, entre eles:

Combater o desemprego causado pelas privatizações;

Reduzir o aumento do custo de vida e a escassez de alguns bens de consumo;

Adaptar-se aos novos hábitos de consumo que as transnacionais estão levando ao país (ver figura 3);

Formar mão de obra qualificada para as novas exigências do capitalismo;

Reduzir impactos ambientais;

Investir na modernização dos setores produtivos.

 

Figura 3 – Primeiro restaurante da rede transnacional Mcdonald's em Moscou, 1990.



Com tantos problemas, o país tornou-se o centro de uma crise mundial em 1998. Houve a desvalorização de sua moeda (Rublo), aumento da inflação e decrescimento do PIB (ver figura 4).

 

Figura 4 – PIB per capta e participação da Rússia na economia mundial (1995-2020).


A partir dos anos 2000, o país saiu da crise, começou a se reestruturar e expandiu sua economia. Para que essas mudanças acontecessem foram fundamentais:

Exploração e exportação de recursos naturais, principalmente fontes energéticas como petróleo e o gás natural;

Formação de um mercado consumidor interno;

Restauração e modernização da rede de transportes;

Expansão das infraestruturas de escoamento da produção (ver figura 5).

Figura 5 – Organização do espaço russo – 2013.


(Observe o mapa e estabeleça relação entre a legenda e os fenômenos representados).

 

Entretanto, um sério problema, desta vez demográfico, vem influenciando o país: a população russa está decrescendo. Duas causas principais explicam esse fenômeno:

Baixas taxas de natalidade e fecundidade;

Aumento das taxas de mortalidade, principalmente entre homens.

 

Rússia e o uso estratégico e político da energia

 

A Rússia é um país rico em recursos naturais. Seu extenso território abriga grandes reservas de petróleo e gás natural, imprescindíveis para o atual modelo econômico mundial (ver figura 5). Tais recursos são utilizados para manter a influência russa sobre os países dependentes, mesmo que estes sejam mais desenvolvidos (figura 6).

 

Figura 6 – Dependência em relação ao gás russo em países selecionados.


Com isso, a estratégia geopolítica russa atua em questões econômicas e políticas. Ou seja, um país dependente de gás russo manifestará apoio ao país em situações de extrema necessidade, como em participação russa em guerras, por exemplo. Isto não inclui a todos os países, já que a participação de outros fornecedores africanos, asiáticos e americanos alteram anualmente a participação russa no mercado europeu de gás natural.

 

Resumindo:

A hegemonia russa foi abalada na política, economia e no poder militar;

Os recursos naturais são instrumentos de influência russa em alguns países;

A Rússia continua sendo um importante país;

A transição econômica ao capitalismo trouxe sérias consequências ao país;

A reestruturação econômica apresentou efeitos positivos, mas crises continuam.

 

ATIVIDADE:

1. Apresente os motivos que influenciaram a perda da hegemonia russa (4 linhas).

2. Quais foram as consequências da transição econômica do socialismo ao capitalismo para o país? (3 linhas).

3. Qual é o papel da Rússia na geopolítica globalizada contemporânea? (4 linhas).

4. Como a exploração de recursos naturais é instrumento político da geoestratégia russa? (4 linhas).

5.Quais ações foram realizadas para reestruturar a economia do país? (5 linhas).








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