HISTÓRIA
TEMA: ERA VARGAS
ATIVIDADE SEMANAL
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SEMANA: 26 a 30/10
A Era Vargas corresponde
ao período em que Getúlio Vargas (1882-1954) governou o Brasil em três
momentos:
Governo Provisório: 1930-1934
Governo Constitucional:
1934-1937
Estado Novo: 1937-1945
Governo Provisório (1930-1934)
O GOVERNO PROVISÓRIO
Caracterizou-se pelo início do processo de
centralização do poder, pela eliminação dos órgãos legislativos em níveis
federal, estadual e municipal e ausência de eleições.Também foram criados novos
ministérios como o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério
da Educação e Saúde, ambos em 1930.
Estas medidas, somadas à nomeação de interventores
estaduais, provocaram o descontentamento de vários estados. Em particular, o
estado de São Paulo, que pegou em armas contra Getúlio Vargas, num levante
conhecido como a Revolução Constitucionalista.
Após a Revolução Constitucionalista de 1932,
Getúlio Vargas teve que promover eleições legislativas e convocar a Assembleia
Constituinte para elaborar uma nova Carta Magna em 1934.Nesta, havia
importantes mudanças políticas, como o voto feminino, estabeleceu o ensino
primário gratuito e obrigatório, e criou a Justiça do Trabalho.
GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934-1937)
Durante o Governo Constitucional ocorre a Revolta
Comunista, conhecida como Intentona, em oposição ao governo.O Partido Comunista
Brasileiro estava ilegal desde 1927 e muitos de seus membros participaram da
ANL (Aliança Nacional Libertadora) . No entanto, esta também seria extinta e
vários dos seus membros foram perseguidos.
Alguns setores do PCB e da ANL tentam tomar o poder
através das armas e então, tentam articular a Intentona Comunista, de 1935,
dirigida por Luís Carlos Prestes (1898-1990).
O golpe não se concretiza e a repressão foi feroz, incluindo torturas e prisões
ilegais por parte da polícia política chefiada por Filinto Müller (1900-1973).
Dois anos mais tarde, em 1937, Getúlio Vargas alega
que existia outra tentativa de golpe comunista, conhecida como Plano
Cohen. Este será o pretexto para o fechamento do
Congresso, cancelamento das eleições presidenciais e a anulação da Constituição
de 1934.Na verdade, o plano foi realizado pelo capitão integralista e aliado de
Vargas, Olímpio Mourão Filho (1900-1972), e utilizado pelo governo para
justificar o estado de sítio e inaugurar o Estado Novo.
ESTADO NOVO (1937-1945)
Trabalhadores homenageiam Getúlio
Vargas na Esplanada do Castelo, em 1940, no Rio de Janeiro
O Estado Novo é lembrado pela
História de maneira contraditória.O Estado Novo é considerado o período mais
repressivo e ditatorial da Era Vargas, quando é proclamada a Constituição de 1937. Ao
mesmo tempo é lembrado como uma época dourada onde os direitos trabalhistas
foram criados.
A nova Carta Magna extinguiu os
partidos políticos, instituiu o regime corporativo e acabou com a independência
entre os três poderes. Por ter sido inspirada na Constituição polonesa de 1926
foi apelidada de "Polaca".
Ademais, a partir de novembro de
1937, Vargas impôs a censura aos meios de comunicação para impedir que a mídia
divulgasse qualquer crítica ao governo.Em 1938, indignados com o rumo
centralista que tomava o governo, a Ação Integralista Brasileira planeja
um golpe. Liderada por Plínio Salgado (1895-1975) e Gustavo Barroso
(1888-1959), os integralistas tentam tomar o poder, mas são derrotados e seus
participantes são presos ou exilados.
No plano econômico, a Era Vargas
se caracteriza por medidas de nacionalização, bem como levar a cabo sua
política trabalhista com a concepção da CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho). No âmbito legislativo, estabeleceu o Código Penal e o Código de
Processo Penal.
ERA VARGAS E SEGUNDA GUERRA
MUNDIAL
Com a eclosão da Segunda Guerra
Mundial, em 1939, o Brasil toma a decisão de manter-se neutro diante do conflito
europeu.No entanto, no governo existiam aqueles que eram a favor de apoiar o
Eixo e os que desejavam se aproximar dos Aliados.
Devido à pressão americana,
Getúlio Vargas decide declarar guerra à Alemanha e, posteriormente, mandar
soldados para Europa e ceder uma base aérea para os americanos em Natal (RN).Em
troca, houve concessão de empréstimos e modernização do armamento do Exército
brasileiro.
FIM DA ERA VARGAS
A contradição entre lutar contra
uma ditadura e viver num regime sem democracia determinou o começo do fim da
Era Vargas.Vários intelectuais, associações de estudantes e mesmo parte dos
militares, começam a protestar abertamente contra o regime varguista.
Manchete do jornal "A Última
Hora" no dia seguinte à morte de Getúlio Vargas
Porém, em 1951, retornaria à
Presidência concorrendo pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Neste
mandato, alcançado pelo voto popular, lança as bases para criação da Petrobras.
Vargas suicidou-se no Palácio do
Catete em 24 de agosto de 1954 com um tiro no peito. Sua carta-testamento
explicava os motivos de sua decisão com uma frase célebre: "Deixo
a vida para entrar na História".
GEOGRAFIA
RÚSSIA: DE
SUPERPOTÊNCIA A PÁIS EMERGENTE
A perda da
hegemonia:
Com a transição de uma economia socialista para a
capitalista, a Rússia passou por forte queda no seu Produto Interno Bruto
(PIB), com impactos socioeconômicos recorrentes, desvalorização da
moeda e inflação. A introdução imediata de uma economia de mercado abalou
os alicerces do cotidiano russo, alterando as relações da economia
diária das pessoas – aluguel, contas básicas e alimentos, agora sem subsídios
do Estado, aumentam seu valor.
A Rússia era a mais
importante das repúblicas soviéticas devido à extensão territorial, contingente
populacional, poder bélico, parque produtivo e presença de recursos naturais
variados. A economia era planificada, guiada por Planos Quinquenais e com forte
atuação do Estado em todos os setores.
A introdução do capitalismocolapsou o modelo de
desenvolvimento até então vigente, alterando as relações de compra e
venda de produtos básicos, aquisição de moradia, educação, saúde, dentre
outros. Entretanto, muitos aspectos socioeconômicos soviéticos permanecem
na Rússia contemporânea.
A primeira perda:
socialismo vs. Capitalismo
Com a flexibilização introduzida pelas reformas de
Gorbachev e o desmantelamento econômico, movimentos independentistas
ganham força. Nos países bálticos (Letônia, Lituânia e Estônia), esses
movimentos ganham adesão popular e estas repúblicas voltam-se ao
ocidente, marcando uma perda geopolítica russa.
Com desestabilização do regime soviético, países
que estavam sob sua influência na Europa Oriental (sobretudo), veem seus governos
perderem legitimidade e recursos. A URSS diminui financiamentos e
linhas de créditos à outras repúblicas socialistas e estas, por sua vez, entram
em crise econômica e ebulição social, dando origem à movimentos
de abertura econômica, independência política e aproximação aos
EUA e União Europeia (ver figura 1).
Figura 1 – Países capitalistas e socialistas na Europa até 1989.
Associado às perdas
políticas descritas anteriormente, a Rússia
vê seu poderio militar, ao menos nos anos iniciais após o fim da URSS, diminuído.
Embora permaneça como um país de expressivo poder bélico-militar a nível
global, sua área de influência sofre abalo com a expansão da presença
dos EUA e da União Europeia (ver figura 2).
Figura 2 – Perda de
hegemonia bélico-militar
A economia e
população russas no século XXI
Com a desintegração da União Soviética, alguns problemas econômicos passaram a afligir o país,
como a diminuição das reservas econômicas, a queda nas
exportações, o aumento da pobreza e o desemprego. Tais obstáculos
são produtos da transição rápida de uma economia socialista para capitalista,
com consequências diretas na economia e sociedade russas.
Nessa transição, a
Rússia enfrentou obstáculos e desafios, entre eles:
Combater o desemprego
causado pelas privatizações;
Reduzir o aumento do custo
de vida e a escassez de alguns bens de consumo;
Adaptar-se aos novos
hábitos de consumo que as transnacionais estão levando ao país (ver figura
3);
Formar mão de obra
qualificada para as novas exigências do capitalismo;
Reduzir impactos
ambientais;
Investir na modernização
dos setores produtivos.
Figura 3 – Primeiro
restaurante da rede transnacional Mcdonald's em Moscou, 1990.
Com tantos problemas, o
país tornou-se o centro de uma crise mundial em 1998. Houve a desvalorização de
sua moeda (Rublo), aumento da inflação e decrescimento do PIB (ver figura 4).
Figura 4 – PIB per
capta e participação da Rússia na economia mundial (1995-2020).
A partir dos anos 2000,
o país saiu da crise, começou a se reestruturar e expandiu sua economia. Para
que essas mudanças acontecessem foram fundamentais:
Exploração
e exportação de recursos naturais, principalmente fontes energéticas
como petróleo e o gás natural;
Formação de um mercado
consumidor interno;
Restauração
e modernização da rede de transportes;
Expansão
das infraestruturas de escoamento da produção (ver figura 5).
Figura 5 – Organização
do espaço russo – 2013.
(Observe o mapa e
estabeleça relação entre a legenda e os fenômenos representados).
Entretanto, um sério problema, desta vez demográfico, vem
influenciando o país: a população russa está decrescendo. Duas causas
principais explicam esse fenômeno:
Baixas taxas de natalidade
e fecundidade;
Aumento das taxas de mortalidade,
principalmente entre homens.
Rússia e o uso
estratégico e político da energia
A Rússia é um país rico
em recursos naturais. Seu extenso
território abriga grandes reservas de petróleo e gás natural,
imprescindíveis para o atual modelo econômico mundial (ver figura 5). Tais
recursos são utilizados para manter a influência russa sobre os países
dependentes, mesmo que estes sejam mais desenvolvidos (figura 6).
Figura 6 – Dependência
em relação ao gás russo em países selecionados.
Com isso, a estratégia geopolítica russa atua em questões
econômicas e políticas. Ou seja, um país dependente de gás russo manifestará apoio ao país em situações de extrema necessidade, como em participação
russa em guerras, por exemplo. Isto não
inclui a todos os países, já que a participação de outros fornecedores
africanos, asiáticos e americanos alteram anualmente a participação russa no
mercado europeu de gás natural.
Resumindo:
A hegemonia russa foi
abalada na política, economia e no poder militar;
Os recursos naturais
são instrumentos de influência russa em alguns países;
A Rússia continua sendo
um importante país;
A transição econômica
ao capitalismo trouxe sérias consequências ao país;
A reestruturação
econômica apresentou efeitos positivos, mas crises continuam.
1. Apresente os motivos
que influenciaram a perda da hegemonia russa (4 linhas).
2. Quais foram as
consequências da transição econômica do socialismo ao capitalismo para o país?
(3 linhas).
3. Qual é o papel da
Rússia na geopolítica globalizada contemporânea? (4 linhas).
4. Como a exploração de
recursos naturais é instrumento político da geoestratégia russa? (4 linhas).
5.Quais ações foram
realizadas para reestruturar a economia do país? (5 linhas).
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