GEOGRAFIA: A FORMAÇÃO DA CONUNIDADE DE ESTADOS INDEPENDENTES
HISTÓRIA
SEMANA:
05 à 09/10
A Revolução
de 1930 foi um dos acontecimentos mais importantes do período
republicano brasileiro, já que é encarado, consensualmente, como o “divisor de
águas” entre a “República Velha” e o poder centralizador da “Era Vargas”, que teve início, exatamente,
com o êxito da Revolução. Para compreendermos a importância desse
acontecimento, veremos como estava a atmosfera política do Brasil durante
as eleições presidenciais de 1930.
ALIANÇA
LIBERAL E AS ELEIÇÕES DE 1930
Sabemos que os conchavos (acordos
firmados) políticos entre as oligarquias regionais que comandavam o país à
época eram uma das principais características da “República Velha”. As duas
principais oligarquias eram as de São Paulo e de Minais Gerais, que procuravam
alternar-se no poder naquilo que ficou conhecido como “política do café com leite”. Contudo, nas eleições
presidenciais de 1930, a oligarquia de São Paulo, que tinha o poder na
situação, sob a figura do então presidente Washington Luís, não deu continuidade ao esquema dos conchavos e
lançou como candidato sucessor de Washington outro paulista, Júlio Prestes,
contrariando a oligarquia mineira. Isso provocou a ruptura dos mineiros contra
os paulistas.
Em meio a essa situação,
lideranças políticas de outros estados aproveitaram para organizar-se e
disputar o mesmo pleito contra São Paulo, formando a chamada Aliança Liberal (AL). O candidato à presidência pela AL era o
gaúcho Getúlio Vargas, então
presidente do Rio Grande do Sul, e o candidato a vice era João Pessoa, presidente
da Paraíba.
Júlio Prestes tinha o auxílio
direto de Washington, o apoio dos poderosos cafeicultores paulistas, bem como a
adesão de dezessete presidentes (à época era assim que se designavam os
governadores) de estados, que controlavam o processo eleitoral por meio de
práticas tais como fraude, suborno, coerções etc. Sendo assim, apesar da grande
popularidade que teve, a AL foi
estrondosamente derrotada nas urnas, que foram apuradas em 21 de maio, com
1.091.709 votos a favor de Prestes contra 742.794 obtidos por Vargas.
ASSASSINATO
DE JOÃO PESSOA E O DESENCADEAMENTO REVOLUCIONÁRIO
A derrota nas urnas não deu fim
ao clima de instabilidade política. Parte dos oligarcas mineiros, já rompidos
com os paulistas, acabou associando-se aos líderes da Aliança Liberal. Esses
últimos, por sua vez, insatisfeitos com a manipulação escrachada das eleições,
também passaram a se articular com os jovens militares de baixa patente,
remanescentes das revoltas tenentistas, como Juarez Távora. Estava armada a coalizão civil-militar que
derrubaria a República Velha. Faltava o “gatilho” para que a revolução
estourasse e obtivesse adesão popular. Esse gatilho ocorreu na Paraíba.
No dia 26 de julho de 1930,
aquele que fora vice de Getúlio na disputa do pleito, João Pessoa, foi
assassinado por um de seus rivais conterrâneos, João Duarte Dantas. Dantas
alegou que teve seu escritório invadido por gente ligada a João Pessoa e que
cartas íntimas teriam sido levadas e publicadas. Desse modo, um incidente de
cunho mais pessoal que político acabou servindo como detonador para a
revolução. A morte de Pessoa foi amplamente reivindicada por Vargas e pela AL
como sendo prova de que era necessário acabar com o sistema político até então
vigente. Foi então que se iniciaram as ações propriamente militares contra o
governo de Washington Luiz.
VARGAS
ASSUME
Em 24 de outubro de 1930, a Revolução chegou ao seu
ponto alto, com a deposição de Washington Luís. Entretanto, estava claro que,
em meio a uma ambiência ainda de tensão política, com a estrutura oligárquica
ainda de pé, não se poderia realizar imediatamente um novo pleito eleitoral.
Vargas, então, com apoio militar, deu início a um governo provisório, que só
teve fim quatro anos depois. Como dizem as historiadoras citadas anteriormente:
QUESTIONÁRIO
SOBRE O FILME O MENINO DO PIJAMA LISTRADO:
1. “Muito entediado e movido pela curiosidade, Bruno ignora as insistentes recomendações da mãe de não explorar o jardim dos fundos e segue para a fazenda que ele viu a certa distância.” O que ele descobre lá? O que eram na verdade, essas fazendas?
2. Havia fumaça no céu. Alguém pergunta: “O que
queimam nas chaminés? Feno ou roupa velha? ... seja o que for, tem um cheiro
horrível. Em outras passagem do filme, uma revelação: “Eles fedem ainda mais
quando queimam, não é?”. Na verdade, sobre o que está tratando o filme neste
ponto? Qual sua opinião sobre isso?
3. Os números nos “pijamas” eram somente uma
brincadeira, como imaginava Bruno?
4. A irmã de
Bruno era uma defensora do nazismo, por que, apesar de tão jovem, a moça já
tinha tamanho interesse pelas ideias nazistas?
5. No interior do campo percebe-se a atuação de
judeus colaboracionistas dos nazistas. Como interpretar esse papel exercido?
GEOGRAFIA
TEMA:
A FORMAÇÃO DA COMUNIDADE DE ESTADOS INDEPENDENTES (CEI)
SEMANA:
05
à 09/10
A
origem da CEI
A desintegração da União Soviética em 1991 foi provocada por diversos
fatores. Entre eles, a diversidade étnica e religiosa das repúblicas
impulsionou movimentos por independência, colaborados pelo desmantelamento
da economia soviética devido ao fracasso das reformas econômicas e
sociais.
Durante anos, essas
tensões foram combatidas pelo governo soviético. Contudo, contribuíram
para a progressiva perda de poder político da URSS, resultando em sua
fragmentação.
No período da Guerra
Fria, a União Soviética obteve muitos avanços tecnológicos e bélicos. Apesar
disso, apresentava problemas na produção
de bens de consumo, como vimos nas aulas do mês de setembro. A agricultura
não atingia a produtividade suficiente para suprir as necessidades internas
e o país precisou importar grãos de nações rivais.
Nos anos 1980 essa situação agravou-se, com o aumento
das desigualdades como fator de descontentamento da população. Neste
contexto, as reformas instituídas por
Mikhail Gorbachev buscavam reestruturar o país. Elas fracassaram e
abriram espaço para disputas políticas regionais e nacionais, culminando
com o enfraquecimento do Partido e a desintegração do país.
Em 1991, foi reconhecida a independência das repúblicas que faziam
parte da URSS e esta foi extinta. A maior parte das então repúblicas soviéticas
formaram uma organização para manter seus laços econômicos, pois a
dependência em relação à Rússia continuou mesmo após o fim da URSS (ver figura
1).
Figura 1 – Países integrantes da
Comunidade de Estados Independentes (CEI) – 2017.
A CEI:
A CEI foi criada para administrar a interdependência econômica
existente entre os novos países politicamente independentes, na tentativa de manter
os laços políticos e econômicos construídas na URSS. A Rússia assumiu a
liderança dessa organização, pois detém os maiores recursos naturais,
poder bélico e influência global.
Durante o período da URSS, regiões industriais
foram criadas pelo país, associadas a disponibilidade de recursos naturais e
possibilidades regionais. Fazia parte do planejamento estatal atribuir funções
às regiões, com objetivo de explorar seus recursos e possibilitar crescimento
econômico.
Com a dissolução da
União Soviética, o parque industrial ficou dividido entre os países (ver
figura 2). Ainda hoje dependem umas das outras para fornecimento de
energia, produção industrial e abastecimento para o mercado interno, sobretudo
da Rússia, o país mais industrializado da CEI.
Figura 2 – Localização e tipo das
indústrias nos países da CEI (2012).
É possível perceber as desigualdades entre os países da CEI, o que
gera conflitos e questionamentos acerca das reais intenções e da
efetividade da organização. Entre eles, destacam-se:
·
Busca por centralização das
formas armadas;
·
Acordos de integração
político-econômica;
·
Conflitos
étnicos e religiosos;
·
Movimentos
separatistas e independentistas;
·
Disputas
por fronteiras entre países-membros;
·
Forte interferência russa;
·
Disputas
sobre a repartição de dívidas da URSS.
Além da concentração
industrial, a densidade populacional é maior nos países europeus do bloco, com
destaque para o oeste da Rússia e a Ucrânia (ver figura 3). Esse fato explica
maiores investimentos econômicos e poderio dessas regiões sobre as demais.
Figura 3 – Densidade populacional nos
países da CEI (2012).
Desigualdades econômicas e sociais na
CEI:
A Rússia continua centralizando as principais atividades
econômicas da organização. É o maior importador e exportador de produtos
para a maioria dos países-membros, o que garante dependência econômica e
política.
A partir da década de 1990, estes países passaram a atrair
a atenção dos países desenvolvidos. Embora apresentem um desenvolvimento
econômico e situações políticas desiguais, as ex-repúblicas soviéticas ainda
não conseguiram adotar plenamente uma economia de mercado.
A indústria desses países está assentada em dois fatores:
·
Forte presença de recursos
naturais;
·
Ampla mão
de obra qualificada e de baixo custo;
·
Reservas
comprovadas de petróleo e gás natural.
Entretanto, de maneira
geral, as economias dos países da CEI
ainda apresentam limitações de autonomia e desenvolvimento, com altas
taxas de desemprego e forte dependência da Rússia. Um dos
reflexos disso é o grande fluxo de pessoas oriundas desses países em direção à
Rússia, que migram à procura de trabalho. Muitos imigrantes também são refugiados
de conflitos.
Os níveis variados de
desenvolvimento influenciam o grau de independência/dependência
econômica desses países, assim como a forma como se inserem no mundo
globalizado. São divididos em três categorias: países industrializados; países
dependentes da exportação de petróleo e gás natural; países com base agrícola e
mineral (ver figura 4).
Figura 4 – Regionalização da CEI
mediante desenvolvimento econômico (2017).
Os países industrializados da CEI apresentam maior poder
econômico e influência sobre os demais que, dependentes da exportação de
recursos naturais, são mais suscetíveis às variações globais dos preços das
commodities. Ou seja, os países menos
industrializados da CEI são mais instáveis, com economias
dependentes e pouco desenvolvidas.
Resumindo:
·
A CEI foi criada para manter os vínculos
existentes entre os países;
·
Nem todas as ex-repúblicas soviéticas
fazem parte da CEI;
·
A Rússia detém poder político, econômico
e bélico na organização;
·
Os países-membros apresentam grau
variável de dependência à Rússia;
·
Os níveis desiguais de desenvolvimento
afetam a independência real desses países, mantendo relações de subordinação;
·
As indústrias e áreas urbanas estão
concentrados nos países mais ricos da CEI;
·
A organização passa por questionamentos
pelos países-membros.
ATIVIDADE:
1. Quais fatores favoreceram a criação
da CEI? (3 linhas).
2. Qual a relação que a Rússia tem com
os demais países da CEI? (3 linhas).
3. Aponte os principais questionamentos
feitos à CEI. (4 linhas).
4. Por que os níveis desiguais de
desenvolvimento afetam a relação de dependência entre os países da CEI? (4
linhas).
SEMANA 05/10 a 09/10 - PROTAGONISMO
A pandemia
de COVID-19, também conhecida como pandemia do novo coronavírus, é uma doença respiratória aguda
causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave
2 (SARS-CoV-2). A doença foi identificada
pela primeira vez em Wuhan, na
província de Hubei, República
Popular da China, em 1 de dezembro de 2019, mas o
primeiro caso foi reportado em 31 de dezembro do mesmo ano.Acredita-se que o
vírus tenha uma origem zoonótica,
porque os primeiros casos confirmados tinham principalmente ligações ao Mercado
Atacadista de Frutos do Mar de Huanan, que também
vendia animais vivos. Em 11 de março de 2020, a Organização
Mundial da Saúde declarou o surto uma pandemia. Até 9 de outubro de 2020, pelo menos 36 542 723casos
da doença foram confirmados em pelo menos 188 países e territórios, com cerca de 1 062 360mortes reportadas e 25 334 019 pessoas curadas.
Diante do exposto, comente como os últimos meses de pandemia
afetaram a sua vida e a das pessoas próximas a você.
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