AGENDA:
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL: Leitura de um poema de
Manoel de Barros.
Atividade: Questões 1 a 3 (página 50)
e questões 1 a 11 (páginas 51 e 52)
PRODUÇÃO TEXTUAL - 4ª Oficina da
Olimpíada de Língua Portuguesa
3ª etapa
A crônica e as questões do nosso mundo
Quando os alunos e alunas comentaram situações que poderiam merecer uma crônica,
talvez o “Coronavírus” ou a “quarentena” tenham aparecido em algumas falas.
Afinal, o ano de 2020 trouxe uma situação inédita para o mundo, uma pandemia
que modificou a vida de todos nós.
As locutoras da quarentena
Vanessa Barbara
Tenho enorme admiração por esses tenores que cantam ópera nas janelas
para entreter os vizinhos durante a quarentena. Há ainda aquelas pessoas que
tocam instrumentos musicais (“Ode à Alegria”, de Beethoven, é uma opção comum),
dão aulas de ginástica, projetam filmes nas fachadas, parabenizam coletivamente
os aniversariantes e cantam bingo (aconteceu na Espanha).
Meus vizinhos – coitados – não têm tanta sorte. Só o que eles ouvem a
tarde toda é minha voz sem graça narrando, da varanda, acontecimentos
absolutamente prosaicos para minha filha, Mabel, de quase 2 anos. (É o que dá
ser vizinho de escritora.)
Outro dia, por exemplo, devem ter acompanhado com desânimo minha
arrastada descrição de uma moça de blusa azul descendo a escadaria da rua: “Ela
vai descer devagarzinho, olha só, segurando no corrimão… Que cuidadosa! Ela
está carregando uma sacola? Ou é uma bolsa? Para onde será que está indo?”
Observamos em silêncio o percurso da mulher, que agora caminha pela calçada.
“Ela vai trazer bolo para a Mabel”, responde a minha filha depois de pensar um
pouco. Acho essa hipótese bastante digna.
Desviamos a atenção para um senhor que passeia com os cachorros. “Olha!
Acho que é o Francesco!”, eu grito, com excessiva alegria, referindo-me a um
goldenretriever do nosso prédio. Mabel não dá muita bola e começa a brincar de
achatar o nariz no vidro.
Peço sinceras desculpas aos vizinhos, mas estamos fazendo o possível
para nos entreter nesta quarentena. Conversar é o que há de mais prático em
nosso limitado arsenal de distrações, sobretudo quando as respostas podem ser
tão engraçadas. Minha expertise na função de cronista de varandas veio bem a
calhar. Quando o tempo está bom, passamos um sem-número de horas nesse espaço
exíguo observando o (pouco) movimento e nos alimentando de qualquer migalha de
agitação registrada nas redondezas. Um ponto alto da nossa tocaia ocorreu duas
semanas atrás, quando uma menina disparou a correr pela rua até alcançar uma
amiga, que seguia bem à frente.
“Corre muito!”, reparou minha filha, com verve de comentarista de
olimpíada. Foi eletrizante o reencontro. “Será que elas vão pegar o trenzinho
juntas?”, especulei, apontando para a estação de metrô. “O coronavírus está na
cola dela”, disse Mabel, do nada. Passamos dias rememorando o episódio. Os
vizinhos já devem ter ouvido dezenas de elegias ao ocorrido, todas caudalosas
feito parágrafos proustianos sem sombra de ponto-final.
O vizinho da frente, aliás, continua acendendo as luzinhas de Natal toda
noite. (Já passamos da Páscoa.) Nós fazemos o mesmo, naquilo que eu não sei
mais se é uma competição acirrada ou um solidário meneio de cabeça. Outro
vizinho acena de vez em quando para nós. Ele fica sentado na varanda por longos
períodos e deve observar com curiosidade a nossa dupla sapateando, pulando e
fazendo movimentos aleatórios de ioga. Às vezes, Mabel usa a minha barriga como
tambor. Ou então ficamos brincando com as sombras, abrindo e fechando as
cortinas, catando fios de cabelo no chão, contando quantos carros vermelhos
passam na rua. Até os sinos da igreja servem de tópico para as nossas
histórias.
Por uma dessas tristes ironias, moramos perto de um estacionamento de
ambulâncias do Hospital Sancta Maggiore. Um de nossos passatempos mais
recorrentes hoje em dia é acompanhar o movimento das ambulâncias subindo e
descendo a ladeira do estacionamento. Ficamos imaginando que os veículos são
amigos e trabalham o dia todo levando pessoas ao hospital, mas sempre voltam
para descansar e compartilhar as novidades. As sirenes são seus gritos agudos,
as luzes vermelhas são um recado de que vão voltar.
Um dia apareceu no chão da varanda um enorme besouro morto, já meio
seco. Cantamos uma música para ele e ficamos conversando baixinho sobre a vida
de aventuras que ele teria levado. Em outra ocasião, acompanhamos a saga de uma
aranha tentando subir pela parede e caindo repetidas vezes. Juro que não fiz
nenhuma analogia de autoajuda. O vento é outro fenômeno que serve de assunto
para nossas infinitas confabulações: basta soprar uns balões e deixá-los na
varanda para que comecem a dançar para lá e para cá.
Quando venta forte, temos assunto. Quando o ar está parado, idem.
Comentamos o cheiro de sopa, de bife à milanesa e de pipoca que vem das outras
janelas. Compramos ovos imaginários para os vizinhos e saímos distribuindo a
todos os interessados. (Para Mabel, não há quem resista a um bom prato de ovos
mexidos.)
E temos também a Lua, as estrelas e o planeta Vênus; a estação espacial
internacional e os satélites Starlink; as nuvens carregadas e os pedaços de céu
azul. Poucos. Mas suficientes.
Sobre “As locutoras da quarentena”
A crônica traz um relato das atividades de uma mãe e de uma criança
pequena nos momentos iniciais da mudança total de nosso cenário, causada pela
pandemia. A alteração provocada pelo isolamento social em razão da pandemia do
coronavírus resultou em muitas situações que não estavam programadas e que
saíram completamente da sua rotina e normalidade. Por exemplo, as crianças, os
jovens e os adultos não foram para a escola e passaram a ficar em casa,
acompanhando de suas residências as aulas.
No caso de Vanessa Bárbara, Mabel, sua filha pequenina, provavelmente
iria para uma creche infantil. Iria, mas não foi. Teve e tem que ficar em casa,
onde sua mãe, que passou a trabalhar ali também, tem que permanecer praticamente
sem saídas para a rua.
Essa nova situação, de permanecer todo o tempo em casa, no momento em
que a casa se transformou na sala de aula e também no escritório, tem levado as
pessoas a variadas reações. Umas ficam tranquilas, fazendo uma série de atividades,
como leitura, cursos pela internet, assistem muito mais tevê, dão conta de
séries com muitos episódios. Mas outras têm mais dificuldade, não conseguem se
concentrar em tudo, angustiam-se por não poderem ver a rua e o movimento. Há
pessoas que têm conseguido trabalhar e estudar e ficar com a família toda
dentro de casa, porém nem todas as famílias e as casas são iguais – muito ao
contrário.
Inventar brincadeiras e atividades para distrair as crianças pequenas,
muito cheias de energias, tem sido tarefa de muitos pais e mães, como é o caso
de Vanessa.
Assim, cada um à sua maneira vai criando um jeito para passar tantas
horas sem poder sair para a rua e sem poder frequentar lugares que ainda estão
com restrições.
Essa nova maneira de viver por causa da pandemia está criando novas
formas de enfrentar o dia a dia, a rotina em casa e, nessa rotina, não falta o
olhar e a observação do que acontece de fato com os vizinhos, já que se fica
mais tempo olhando para os lados e para os vizinhos.
A realidade também aparece nessa vizinhança de Bárbara, quando cita o
hospital que está muito perto de sua casa, onde a movimentação tem sido
intensa, por conta dos doentes.
As coisas, as ações que os vizinhos andam fazendo “fora do comum”, ou
fora da rotina também estão no texto. Gente que já estava com luzinhas de Natal
em pleno primeiro semestre do ano, ou pessoas que passaram a cozinhar em casa,
sem nunca ter fritado um ovo na vida.
Essa capacidade da crônica em trazer para o leitor o que está
acontecendo dentro de cada cantinho de nossa casa em tempo real é uma das
marcas desse texto.
Como já vimos no texto de Tiago Germano, o humor também está presente na
crônica, embora aqui, na de Vanessa Bárbara, seja em tom mais tímido. O riso
infantil, inocente, sem os vícios dos adultos está ali na figura de Mabel, e
oferece ao leitor essa oportunidade de também exercitar o olhar para situações
mais ligadas à intimidade das casas.
Página 50
ResponderExcluir1- nunca presenciei
2- já me senti mais como uma pedra
3- uma parede, pois Ela sustenta toda a construção, e se sente muitas vezes pressionada.
Página 51 e 52
1- sim, pois nesse poema o eu lírico se compara as pequenas coisas do dia a dia para definir os sentimentos que o dominam naquele momento.
2-A) personificação( à noite se deitou)
B) Tenho sentido temporal, algo suave que o tem como lugar de paina
3- ele aparenta estar sofrendo uma aflição, pois ele mencionou a solidão, sua incapacidade de fazer as coisas, coisas e não é e tenta ser
4- sendo o eu poético e a voz que fala e expressam os sentimentos dentro do poema como um narrador sabendo que o próprio autor é quem cria.
5- servem como um exemplo da forma como o eu poético se sente de forma mais poética, que também dá um tom de dúvida pois o leitor tem que encarar o contexto e a imagem usada para entender.
6- não estou no lugar de paina, Talvez um terreno baldio. O poeta vai dizendo aquilo que ele não é e neste não se descrever o vazio O que é.
7- dizendo que nem é uma pessoa com alguém dentro
8- alguém feliz
9-A)" não consegui ainda a solidão de um caixote, tipo aquele engraçado de madeira
10- insegurança
11- no poema o poeta não tem nenhum projeto de vida, achasse um nada a não ser um local de paina, Ou melhor o lugar de espinho.
Isabele lima Ferreira 9b
Marcos Davi da Silva Lima 9B
ResponderExcluirPágina 50
1- nunca presenciei
2- já me senti mais como uma pedra
3- uma parede, pois Ela sustenta toda a construção, e se sente muitas vezes pressionada.
Página 51 e 52
1- sim, pois nesse poema o eu lírico se compara as pequenas coisas do dia a dia para definir os sentimentos que o dominam naquele momento.
2-A) personificação( à noite se deitou)
B) Tenho sentido temporal, algo suave que o tem como lugar de paina
3- ele aparenta estar sofrendo uma aflição, pois ele mencionou a solidão, sua incapacidade de fazer as coisas, coisas e não é e tenta ser
4- sendo o eu poético e a voz que fala e expressam os sentimentos dentro do poema como um narrador sabendo que o próprio autor é quem cria.
5- servem como um exemplo da forma como o eu poético se sente de forma mais poética, que também dá um tom de dúvida pois o leitor tem que encarar o contexto e a imagem usada para entender.
6- não estou no lugar de paina, Talvez um terreno baldio. O poeta vai dizendo aquilo que ele não é e neste não se descrever o vazio O que é.
7- dizendo que nem é uma pessoa com alguém dentro
8- alguém feliz
9-A)" não consegui ainda a solidão de um caixote, tipo aquele engraçado de madeira
B)ser leve
10- insegurança
11- no poema o poeta não tem nenhum projeto de vida, achasse um nada a não ser um local de paina, Ou melhor o lugar de espinho
Gabriel David Paiva Silva
ResponderExcluir9B
.
1- nunca presenciei
2- já me senti mais como uma pedra
3- uma parede, pois Ela sustenta toda a construção, e se sente muitas vezes pressionada.
.
1- sim, pois nesse poema o eu lírico se compara as pequenas coisas do dia a dia para definir os sentimentos que o dominam naquele momento.
2-A) personificação( à noite se deitou)
B) Tenho sentido temporal, algo suave que o tem como lugar de paina
3- ele aparenta estar sofrendo uma aflição, pois ele mencionou a solidão, sua incapacidade de fazer as coisas, coisas e não é e tenta ser
4- sendo o eu poético e a voz que fala e expressam os sentimentos dentro do poema como um narrador sabendo que o próprio autor é quem cria.
5- servem como um exemplo da forma como o eu poético se sente de forma mais poética, que também dá um tom de dúvida pois o leitor tem que encarar o contexto e a imagem usada para entender.
6- não estou no lugar de paina, Talvez um terreno baldio. O poeta vai dizendo aquilo que ele não é e neste não se descrever o vazio O que é.
7- dizendo que nem é uma pessoa com alguém dentro
8- alguém feliz
9-A)" não consegui ainda a solidão de um caixote, tipo aquele engraçado de madeira
10- insegurança
11- no poema o poeta não tem nenhum projeto de vida, achasse um nada a não ser um local de paina, Ou melhor o lugar de espinho.
Nome: Gustavo Canuto Serafim 9.B
ResponderExcluir1- nunca presenciei
2- já me senti mais como uma pedra
3- uma parede, pois Ela sustenta toda a construção, e se sente muitas vezes pressionada.
.
1- sim, pois nesse poema o eu lírico se compara as pequenas coisas do dia a dia para definir os sentimentos que o dominam naquele momento.
2-A) personificação( à noite se deitou)
B) Tenho sentido temporal, algo suave que o tem como lugar de paina
3- ele aparenta estar sofrendo uma aflição, pois ele mencionou a solidão, sua incapacidade de fazer as coisas, coisas e não é e tenta ser
4- sendo o eu poético e a voz que fala e expressam os sentimentos dentro do poema como um narrador sabendo que o próprio autor é quem cria.
5- servem como um exemplo da forma como o eu poético se sente de forma mais poética, que também dá um tom de dúvida pois o leitor tem que encarar o contexto e a imagem usada para entender.
6- não estou no lugar de paina, Talvez um terreno baldio. O poeta vai dizendo aquilo que ele não é e neste não se descrever o vazio O que é.
7- dizendo que nem é uma pessoa com alguém dentro
8- alguém feliz
9-A)" não consegui ainda a solidão de um caixote, tipo aquele engraçado de madeira
10- insegurança
11- no poema o poeta não tem nenhum projeto de vida, achasse um nada a não ser um local de paina, Ou melhor o lugar de espinho.
Página 50
ResponderExcluir1- nunca presenciei
2- já me senti mais como uma pedra
3- uma parede, pois Ela sustenta toda a construção, e se sente muitas vezes pressionada.
Página 51 e 52
1- sim, pois nesse poema o eu lírico se compara as pequenas coisas do dia a dia para definir os sentimentos que o dominam naquele momento.
2-A) personificação( à noite se deitou)
B) Tenho sentido temporal, algo suave que o tem como lugar de paina
3- ele aparenta estar sofrendo uma aflição, pois ele mencionou a solidão, sua incapacidade de fazer as coisas, coisas e não é e tenta ser
4- sendo o eu poético e a voz que fala e expressam os sentimentos dentro do poema como um narrador sabendo que o próprio autor é quem cria.
5- servem como um exemplo da forma como o eu poético se sente de forma mais poética, que também dá um tom de dúvida pois o leitor tem que encarar o contexto e a imagem usada para entender.
6- não estou no lugar de paina, Talvez um terreno baldio. O poeta vai dizendo aquilo que ele não é e neste não se descrever o vazio O que é.
7- dizendo que nem é uma pessoa com alguém dentro
8- alguém feliz
9-A)" não consegui ainda a solidão de um caixote, tipo aquele engraçado de madeira
B)ser leve
10- insegurança
11- no poema o poeta não tem nenhum projeto de vida, achasse um nada a não ser um local de paina, Ou melhor o lugar de espinho
Aryely shekynah 9°A