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9°Ano: Laboratórios 17/09

quarta-feira, 10 de junho de 2020

8ºANO - HISTÓRIA E GEOGRAFIA - CONTEÚDO DA 2ªSEMANA DE JUNHO



HISTÓRIA



REVOLUÇÕES INGLESAS

Restauração da dinastia Stuart (1660-1688)
Em 1660, Carlos II assumiu o trono prometendo respeitar os interesses do Parlamento. Mas logo começou a se articular com antigas lideranças da nobreza para restaurar o absolutismo, aproximando-se da França de Luís XIX. Entretanto, realidade social já era bem diferente de quando seu pai havia reinado e, não conseguindo uma nova composição tradicional, Carlos II iniciou uma ampla perseguição religiosa contra os calvinistas.
Essa perseguição tinha como pano de fundo também a aproximação de Carlos II de membros da Igreja Católica. Apesar de anglicanos, os Stuart mantinham boas relações com os membros do Clero, os quais ainda possuíam grande influência social, além de posse de terras.
O Parlamento, composto por maioria puritana, ao repudiar as ações de Carlos II, viu-se novamente vítima do autoritarismo: o monarca dissolveu-o em 1681 e governou sozinho até a sua morte, em 1685. Seu irmão, Jaime II, assumiu o torno, reativou o Parlamento, mas procurou dar seguimento às ações de Carlos II, no que se refere à restauração do absolutismo. No entanto, Jaime II foi mais além, convertendo-se ao catolicismo e decretando uma série de medidas que beneficiavam os católicos, como a isenção de impostos. Novamente, a reação do Parlamento foi imediata. Temendo que Jaime reivindicasse apoio da França, os membros do Parlamento trataram de organizar uma manobra política que evitasse um possível conflito armado.

Revolução Gloriosa e a fundação da Monarquia Parlamentarista
A manobra consistiu na convocação da filha de Jaime II, Maria II, à época casada com Guilherme de Orange, governador dos Países Baixos, para assumir com o marido o trono da Inglaterra. Guilherme de Orange, inicialmente, não viu com bons olhos o plano, imaginando que sua esposa, como herdeira legítima, teria mais poderes que ele. Contudo, mesmo assim, ainda em 1688, Guilherme invadiu a Inglaterra com seu exército para depor Jaime II e apoiar o Parlamento.
A Cavalaria da nobreza, que também estava descontente com o rei, em vez de defendê-lo, aliou-se a Guilherme. A Jaime II, já sem defesa alguma, Guilherme de Orange permitiu a fuga para a França, onde o monarca permaneceu exilado até o último dia de vida.
Guilherme de Orange assumiu o trono inglês como Guilherme III. Por sua ação militar não ter resultado em guerra e derramamento de sangue, ela recebeu o nome de Revolução Gloriosa. O Parlamento, contudo, estabeleceu diretrizes novas para Guilherme e Maria antes de coroá-los. Ambos os reis tiveram que se comprometer a cumprir a chamada Declaração de Direitos de 1689 (Bill Of Rights)A Declaração de Direitos limitava a ação dos reis, de modo a impedir qualquer retorno do absolutismo. Os reis passaram a ter o poder restrito, e o poder de decisão política concentrou-se no Parlamento, formando-se, assim, uma Monarquia Parlamentarista. Além disso, havia o comprometimento com as liberdades individuais, principalmente com a liberdade de crenças religiosas.

ATIVIDADE:
Elabore 15 questões da unidade 2 do seu livro de história. Páginas 18 a 26.
As atividades devem ser realizadas com perguntas e respostas no seu caderno.
Fonte bibliográfica; https://m.históriadomundo.com.br

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GEOGRAFIA
FLUXOS MIGRATÓRIOS NA AMÉRICA LATINA
O continente americano foi colonizado por povos de várias nações europeias, dentre eles: portugueses, espanhóis, franceses, ingleses e holandeses. Esses povos passaram a explorar toda a América e a impor sua cultura de maneira forçada aos povos nativos do continente.
A América Anglo-saxônica é uma região do continente americano formada pelos Estados Unidos e Canadá, que foram colonizados pela Inglaterra e possuem como idioma oficial o inglês.
Os demais países do continente integram a América Latina, onde a colonização foi exercida por Portugal, Espanha e França. Além das três línguas, existem outros idiomas falados em países de descendência indígena como o crioulo, quéchua, guarani, aimará, náuatle, dentre outras. Em oposição à América Anglo-Saxônica (países desenvolvidos de colonização inglesa), a América Latina é formada por países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.
No passado, o continente americano era área de atração de milhões de imigrantes. Entretanto, por volta de 1970, os países da América Latina se tornaram grande área geográfica de saída de emigrantes, principalmente em direção aos Estados Unidos, Europa, e, sobretudo, países da própria região latino-americana. Na América Anglo-Saxônica, Canadá e Estados Unidos seguem sendo países atrativos para pessoas do mundo inteiro.
Hoje se sabe que as nações de onde partem os maiores fluxos migratórios nas Américas têm em comum cidades acuadas pela violência. Segundo estudo feito pelo Instituto Igarapé e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Caracas, na Venezuela; San Pedro Sula, em Honduras; San Salvador, em El Salvador, e Acapulco, no México, registram taxas superiores a cem assassinatos por cem mil habitantes, mais de 20 vezes a média mundial.
Para o cientista político do Instituto Igarapé Robert Muggah, um dos autores do estudo, a descrença dos cidadãos na capacidade de governos para resolver ou reduzir a violência é um dos fatores que estimulam os deslocamentos forçados, internos ou externos, principalmente de venezuelanos, salvadorenhos, hondurenhos e mexicanos.
A América Latina está testemunhando uma das mais intensas fases migratórias de sua história. Além de questões relacionadas à violência, desde o início da crise da Venezuela, em 2014, mais de 4 milhões de pessoas fugiram do país – o que equivale a 10% da população. A situação venezuelana demonstrou repressão política, desastre econômico, escassez de alimentos e inflação.
Embora o Brasil seja um dos vizinhos da Venezuela, o número de refugiados recebidos no país é pequeno  em comparação com países como a Colômbia, que já recebeu mais de 1,3 milhões de venezuelanos.
Imagem 1: Nacionalidades com mais solicitações feitas ao Brasil, de janeiro a julho de 2018
Fonte: Ministério da Justiça.
Brasil e Venezuela compartilham uma fronteira de 2.109 km. A maioria dos refugiados venezuelanos chega à cidade de Pacaraima, que fica ao norte do estado de Roraima. Em Boa Vista, capital roraimense, hoje vivem 32 mil venezuelanos. O aumento repentino da população levou a uma drenagem dos recursos do estado, pedindo uma maior atenção aos planejamentos financeiros. 
Enquanto isso, cerca de 85 mil venezuelanos solicitaram asilo e aproximadamente 40 mil receberam um visto de residência temporária. Muitos estão chegando ou ainda esperando respostas nos campos montados pelo governo no Norte do Brasil. 
A questão da imigração ilegal de mexicanos para os Estados Unidos é outro grande problema que caracteriza a América Latina.
A fronteira dos EUA com o México tornou-se um ponto de encontro para imigrantes legais ou ilegais, que todos os dias tentam entrar nos EUA. A cada crise econômica mexicana, levas e levas de imigrantes tentam passar ilegalmente pela fronteira de 5.000 km de extensão, o que faz com que os americanos mantenham um sistema de vigilância sistemático.
A cada dia, milhares de pessoas atraídas por oportunidades de melhoria de vida na maior potência econômica do mundo, tentam cruzar essa fronteira, muitas vezes arriscando suas vidas. Os que não conseguem, permanecem na região esperando uma nova oportunidade.
Este fato causou uma verdadeira “explosão demográfica” no norte do México, já que além dos próprios mexicanos, multidões de quase toda a América Latina para lá se dirigem. Essa situação gerou enormes bolsões de pobreza que nada ficam a dever às favelas brasileiras. Situação semelhante se repete, em menor escala, no lado norte-americano, como é o caso de McAllen (Texas), considerada a cidade com os piores índices de pobreza em todo os Estados Unidos.
Imagem 2: Muro na fronteira entre Estados Unidos e México.
Fonte: Openstreetmap.org.
A fronteira é também uma faixa de tensão geopolítica devido ao tráfico de drogas, armas e dos fluxos de imigração ilegal. Escondidas em fundos falsos de caminhões, caminhonetes e vans viajam toneladas de remédios banidos por lei, sapatos feitos com pele de animais em extinção, armas de todos os tipos, além de heroína, maconha e cocaína. O combate aos cartéis do narcotráfico é um dos pontos centrais das relações entre México e os Estados Unidos.
O tráfico de imigrantes ilegais tornou-se também um problema de segurança nacional no México. Seu “comércio”, que movimenta cerca de US$ 5 bilhões anuais, é controlado por máfias com ramificações em todo o mundo.
ATENÇÃO!
-No livro didático Expedições Geográficas 8° ano esses conteúdos estão no PERCURSO 7 (da página 66 à página 73).

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ATIVIDADES PROPOSTAS
(As questões devem copiadas e respondidas em seu caderno)

1. Diferencie a América Latina e a América Anglo-Saxônica.

2. A respeito do processo de regionalização do continente americano, julgue os itens a seguir em verdadeiro ou falso:
(   ) A América Anglo-saxônica foi colonizada majoritariamente pelos povos ingleses.
(  ) A América Latina corresponde aos países colonizados por portugueses e espanhóis e está localizada exclusivamente na América do Sul.
(   ) A América Latina compreende os países da América Central e do Sul, incluindo o México, que pertence ao Nafta.
(  ) Além de portugueses e espanhóis, pode-se afirmar que holandeses e ingleses também participaram do processo de colonização da América Latina.

3. Quais são os maiores problemas de migrações internas na América Latina atualmente?

4. Comente sobre a problemática da migração ilegal de mexicanos para os Estados Unidos.

5. Qual o papel do Brasil com relação às migrações no contexto da América Latina?

Todas essas atividades deverão ser entregues à professora quando voltarem as aulas presenciais.  Bons estudos!



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