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9°Ano: Laboratórios 17/09

quarta-feira, 10 de junho de 2020

7ºANO: HISTÓRIA E GEOGRAFIA - CONTEÚDO 2ªSEMANA DE JUNHO


GEOGRAFIA


HISTÓRIA


BRASIL: A DIVERSIDADE CULTURAL E OS AFRO-BRASILEIROS

A população brasileira é diversa. Somos formados, inicialmente, pela interrelação entre as matrizes indígena, portuguesa e africana, que contribuíram para a formação de nossa cultura e identidade. A seguir, você lerá acerca das contribuições e características das três matrizes fundantes da cultura brasileira.

 

A matriz indígena:

 

Os povos indígenas já estavam aqui há milhares de anos antes da invasão europeia. Estabeleciam uma relação não destrutiva com a natureza, obtendo apenas os recursos necessários para a sobrevivência.

Não é possível definir os indígenas como um grupo homogêneo, pois cada grupo, povo e nação possuía características únicas. Uma das principais manifestações dessa diversidade se dá por meio da variedade de línguas, culturas e tradições.

Dos povos indígenas herdamos muito mais do que hábitos culinários e de higiene. Muitos de nós somos descendentes desses povos e devemos nos orgulhar disso. Para dar exemplos, temos o hábito do banho e do asseio constante; na culinária, o beiju, a tapioca, o cultivo e os diversos usos da mandioca (também chamada de macaxeira); nas relações familiares, o respeito aos mais velhos. Muito do que somos é indígena e devemos nos orgulhar disso.

Apesar da morte de milhões de povos nativos desde a colonização até nossos dias, seja por meio de genocídio, conflitos e guerras biológicas (doenças), mais de 1 milhão de brasileiros se declararam como índios no censo do IBGE de 2010. Ou seja, centenas de povos indígenas estão construindo o Brasil atual e merecem reconhecimento e respeito, assim como seus direitos devem ser assegurados e ampliados.

Entretanto, com a expansão da fronteira agrícola, milhares de indígenas são atacados e tem suas terras roubadas pelos grandes interesses dos proprietários de terras. Apesar de proibida, a violação às terras indígenas continuam acontecendo e põem em risco a vida e a cultura desses povos.


Mapa acima retrata a espacialidade dos povos indígenas em 1500 no território que hoje corresponde ao Brasil.

 

Assista “Os Indígenas - Raízes do Brasil”.

 

Disponível no link:

https://www.youtube.com/watch?v=cQkA5PDow2s

 

A matriz portuguesa:

 

Do idioma à religião predominante, a influência portuguesa é sentida de várias formas. A arquitetura colonial, a religiosidade católica, as festas populares (como o São João), dentre outros aspectos culturais, demonstram tal influência.

O Brasil é país com o maior número de falantes da Língua Portuguesa, também é o país com o maior contingente de católicos no mundo. Sabemos que nossa forma de falar é diferente da praticada em Portugal, pois recebemos influencias de outros povos na formação de nossa cultura, por isso existem expressões idiomáticas muito diferentes. Entretanto, na escrita, praticamente não há diferenças.

O catolicismo, religião da maioria dos brasileiros, conforme censo do IBGE de 2010, possui características próprias do Brasil. Embora trazido pelos portugueses durante o período colonial, recebeu influências indígenas e africanas que a distinguiram do catolicismo europeu.

Ou seja, a cultura muda sempre e é o produto das interações de vários povos.

Milhões de portugueses vieram ao Brasil desde o período colonial até nossos dias, constituindo uma das maiores comunidades estrangeiras no País. A proximidade linguística, cultural e histórica seria uma das explicações que atraem esse contingente populacional.

 

Como exercício de interação cultural, escute a música “É uma casa portuguesa, com certeza!”, de Amália Rodrigues e leia a letra abaixo:

 

Link da música:

https://www.youtube.com/watch?v=RU-Z0SiQKgU

 

Letra:

Numa casa portuguesa fica bem

Pão e vinho sobre a mesa

E se à porta humildemente bate alguém

Senta-se à mesa co'a gente

Fica bem esta franqueza, fica bem

Que o povo nunca desmente

A alegria da pobreza

Está nesta grande riqueza

De dar, e ficar contente

 

Quatro paredes caiadas

Um cheirinho à alecrim

Um cacho de uvas doiradas

Duas rosas num jardim

Um são josé de azulejo

Mais o sol da primavera

Uma promessa de beijos

Dois braços à minha espera

É uma casa portuguesa, com certeza!

É, com certeza, uma casa portuguesa! (...)

 

A matriz africana:

 

A introdução de povos africanos no Brasil se deu a partir da violência representada pelo tráfico transatlântico de pessoas para servirem de mão de obra escrava. Incialmente nas plantações de cana-de-açúcar, depois do garimpo de ouro e em outras atividades, esses povos eram tratados como mercadorias e serviam para os interesses econômicos de seus compradores.


O mapa acima representa a origem das pessoas oriundas da África e submetidas ao trabalho escravo no Brasil. É possível observar a grande diversidade entre elas.

Os povos africanos não eram iguais, pois falavam línguas diferentes, possuíam religiões diferentes e diversos níveis de escolaridade. Muitos africanos introduzidos no Brasil na condição de mão de obra escrava se rebelaram contra a escravidão.

Dos africanos herdamos muitas coisas. No idioma: expressões idiomáticas como “malandro”, “dengo”, “samba” etc; na música: samba, chorinho, funk, dentre outros; na culinária: uso de temperos, dendê, feijoada, melancia, acarajé, abará etc; na religião: a formação da religião afro-brasileira chamada Umbanda e na religião africana chamada Candomblé, dentre outras manifestações religiosas.

As marcas negativas do período escravocrata no Brasil continuam até nossos dias através do racismo. Somos o país com o maior número de pessoas que se autodeclaram negras fora do continente africano, porém a maioria permanece em subempregos e recebem os menores salários, assim como possuem a menor formação escolar.

Isso está mudando e de forma acelerado, o que nos dá esperança em um futuro melhor. Entretanto, precisamos continuar a combater o racismo e buscar a igualdade de oportunidades para todos.

 

Assista ao episódio “Matriz Afro, O Povo Brasileiro, Darcy Ribeiro”.

 

Disponível no link:

https://www.youtube.com/watch?v=vwj1GBEYr_s

 

Atividades: copiar e responder no caderno:

01. Quais são as contribuições dadas pela matriz indígena na formação da cultura brasileira? (3 linhas).

02. Quais são as contribuições dadas pela matriz europeia na formação da cultura brasileira? (3 linhas).

03. Quais são as contribuições dadas pela matriz africana na formação da cultura brasileira? (3 linhas).

04. Quais dessas contribuições culturais estão presentes em sua vida? (3 linhas).

05. Por que a cultura muda constantemente? (4 linhas).

06. O que é cultura para você? (3 linhas).

07. Quais outros povos influenciaram a cultura brasileira? (4 linhas).

08. Quais são os maiores desafios dos povos indígenas no Brasil hoje? (4 linhas).

09. Na sua opinião, o que podemos fazer para combater o racismo no Brasil? (4 linhas).

 


NO LIVRO – “Expedições Geográficas”:

·         Ler o texto “O combate aos preconceitos no Brasil” do infográfico das páginas 74 e 75 e responder as questões de 1 a 3 da página 75.


PESQUISA DA SEMANA:

·         “A importância da cultura afro-brasileira”

Dicas:

·         Pesquisa em várias fontes;

·         Dê sua opinião.

 

Como fazer:

·         3 laudas;

·         Folha de caderno OU folha almaço (caso você tenha em casa);

·         Faça desenhos sobre o assunto.

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HISTÓRIA

            Mudanças na Europa Feudal

        Muitas vezes as mudanças acontecem de forma que nem notamos em especial na sociedade, e na maioria dos casos não notamos as forças destas mudanças. Foi o que aconteceu com a sociedade feudal, que aos poucos foram surgindo pequenas novidades na estrutura de sua economia. Mas as pessoas que viveram estas novidades não imaginavam que estas acabariam contribuindo para as transformações econômicas que levariam séculos para serem notadas.

  O feudalismo europeu apresenta, portanto, fases bem diversas entre o século IX, quando os pequenos agricultores são obrigados a se proteger dos inimigos junto aos castelos, e o século XIII, quando o mundo feudal conhece seu apogeu, para declinar a seguir. A passagem do século X ao XI foi um momento de mudanças na Europa Feudal. Com o fim das invasões bárbaras, o mundo medieval conheceu um período de paz, segurança e desenvolvimento.

Principais fatores de transformação da Europa Feudal:

A expansão das áreas de cultivo em razão da derrubada de florestas e de drenagem de pântanos.

A introdução de importantes inovações técnicas como: o uso do arado de ferro (charrua) em lugar do arado de madeira, a introdução do sistema de cultura em três campos (rotação trienal), um novo modo de atrelar o cavalo usado para puxar o arado e o aprimoramento e a difusão dos moinhos acionados pela força do vento ou da água.  

O primeiro dado importante refletindo esse novo momento foi o aumento da população. O crescimento demográfico foi ocasionado pelo fim das guerras contra os bárbaros e pelo recuo das epidemias, gerando uma

queda da mortalidade. Além disso, ocorreu uma suavização do clima, proporcionando mais terras férteis e colheitas abundantes. Veja na tabela abaixo como a população da Europa ocidental foi crescendo significativamente no período:

Crescimento Populacional da Europa Ocidental

ANO

POPULAÇÃO

1050

46 milhões

1150

50 milhões

1200

61 milhões

1300

73 milhões










 O crescimento implicou maior demanda de alimentos estimulando o aperfeiçoamento das técnicas agrícolas para aumentar a produção. Assim, o arado de madeira foi substituído pela charrua (arado de ferro), facilitando o trabalho de aragem; atrelagem dos animais foi aperfeiçoada, permitindo o uso do cavalo na tração; os animais passaram a ser ferrados; os moinhos foram melhorados; e o sistema trienal se estendeu por toda a Europa, proporcionando melhor qualidade e maior quantidade de produtos agrícolas. O aperfeiçoamento do artesanato de roupas e objetos pessoais, armas e armaduras asseguravam maior conforto e capacidade militar.

    Havia séculos que os camponeses seguiam a mesma rotina de plantação. No começo dos trabalhos, os servos semeavam uma extensão de terra do feudo. A planta crescia e um belo dia era colhido. E assim fazia ano a pós ano, geração após geração. Era a tradição que era muito respeitada na Idade Média, como já viemos discutindo. O problema era que, aos poucos, a terra ia se esgotando, perdendo sua fertilidade. A semente plantada se tornava uma planta cada vez mais fraca e por conseqüência produzindo sementes para o próximo plantio cada vez menores.

     Até o século IX, os camponeses dividiam a terra a ser plantada em duas partes. Enquanto plantavam numa das partes, a outra descansava para recuperar a fertilidade. Com esse sistema, metade das terras cultiváveis ficava sem uso. Com o novo sistema, de três campos, plantava-se em dois campos, um, com trigo; outro, com cevada; e o terceiro, forragens para os animais. As forragens são espécies vegetais que têm a capacidade de recuperar a fertilidade do solo para o plantio de cereais no ano seguinte. Com isso a área plantada e, conseqüentemente, a produção aumentou. Haveria a colheita de dois cereais por ano em vez de apenas um.

     O principal cereal consumido na Europa era o trigo. Mas, para ser consumido, ele precisa ser transformado em farinha. Isso dava muito trabalho

para os camponeses, pois era feito manualmente. O uso de moinhos movidos a água diminuiu o esforço para se obter farinha. Lá pelo século XIII foi introduzido o moinho movido a vento. A máquina e a energia dos ventos e da água começavam a substituir a energia humana no trabalho. Os camponeses tiveram, assim, mais tempo e energia para se dedicar a outras tarefas, que não as essencialmente agrícolas.

    Os efeitos da maior produção de alimentos logo se fizeram sentir. Comendo melhor, as pessoas passaram a viver mais. As doenças já não as pegariam com tanta facilidade. Com o aumento da população, muitas áreas não aproveitadas para a agricultura passaram a ser plantadas. Dessa maneira, a produção crescia, não somente por causa das técnicas agrícolas, mas também pelo aumento da área plantada.

    Com tudo isso, muitos feudos começaram a produzir mais que o necessário. Com estes excedentes, era possível vender e com o dinheiro, comprar outras coisas que vinham das regiões vizinhas.

O REVIGORAMENTO DO COMÉRCIO E DAS CIDADES

    As cidades, na maioria das vezes, surgiam ao redor das terras do senhorio (ou seja, do senhor feudal). Com o renascimento urbano, as atividades comerciais foram impulsionadas, tendo no artesanato a principal forma de produção da época.

   Os mercadores acentuaram as atividades comerciais a partir do século XI, deslocando-se de uma região para outra, vendendo seus produtos. No século XII, esses mercadores criaram as feiras medievais.

   Estas eram os locais onde os comerciantes faziam seus negócios. Algumas destas feiras se tornaram tão importantes que deram origem às cidades. Nas cidades viviam a maioria dos artesãos e comerciantes. A cidade e o campo foram aprimorando suas atividades econômicas. Ficando da seguinte forma: o campo aprimorando sua agricultura e criação de animais, já as cidades se concentrando no artesanato e no comércio. E os nobres ficaram com a parte que era a força motriz da época: consumir, principalmente as mercadorias vendidas pelos comerciantes e artesãos.

   No entanto, esse inegável desenvolvimento técnico foi limitado, não atendendo ao crescimento da população e, portanto, do consumo. Inicialmente novas terras foram ocupadas e desbravadas. Além disso, ocorreu um fenômeno histórico novo para a Idade Média, o êxodo rural, ou seja, parcelas consideráveis das populações rurais dirigiram-se para as cidades.

   É importante notarmos que muitas das invenções tecnológicas avançadas para a época, eram de autoria de pessoas simples do povo, servos e artesãos, a maioria analfabeta. Do que podemos concluir que a inteligência e a criatividade não são qualidades exclusivas de pessoas que estudaram muito ou que são ricas.

A BURGUESIA

 No final da Idade Média, a Europa passava por modificações nos campos político, econômico, social e cultural.

 Nesse período aconteceu o declínio do sistema feudal e a quantidade de terra deixou de ser um sinal de riqueza. A partir de agora, seria a quantidade de dinheiro que faria uma pessoa ser considerada rica.

  Ao mesmo tempo, a política mudava. Os senhores feudais deixam de ter poder e este passa ao rei (absolutismo), no processo de formação das monarquias nacionais. Até a religião sofre mudanças com a eclosão da reforma protestante.

 Neste novo período, surge um grupo de pessoas que se dedicarão, especialmente, ao comércio e às transações comerciais. O local de trabalho serão as cidades, chamadas de burgos e, por isso, quem vive ali será conhecido como “burguês”.

    O burguês defendia valores que eram estranhos à sociedade medieval como a liberdade pessoal, livre comércio, direitos religiosos e civis.

AS CIDADES SE LIBERTAM

    Grande parte das medievais se localizava nas terras de um conde Duque o bispo, a quem os moradores tinham que pagar impostos e prestar serviços gratuitos, como consertar estradas e pontes. Para se libertar desse controle e obter sua autonomia, os habitantes das cidades união seus esforços e comparava a carta de franquia, documento pelo qual eles próprios passavam a administrar a cidade. Com essa carta em mãos, eles elegiam representantes que eram, geralmente, comerciantes ou banqueiros.

Para complementar seus estudos leia o capítulo 3 do seu livro de história; páginas 46 a 52.

 

 

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

 

Livro de história; páginas 60 e 61.

  

As atividades deverão ser copiadas e respondidas no seu caderno.

 Fontes bibliográficas:

https://www.colaweb.com.br

https://www.brasilescola.uol.com.br

https://www.sohistoria.com.br



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