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9°Ano: Laboratórios 17/09

quarta-feira, 10 de junho de 2020

9ºANO: HISTÓRIA E GEOGRAFIA - CONTEÚDO DA SEGUNDA SEMANA DE JUNHO



HISTÓRIA - Revolução Russa - Parte 1


HISTÓRIA - Revolução Russa - Parte 2



GEOGRAFIA


HISTÓRIA: REVOLUÇÃO RUSSA

REVOLUÇÃO RUSSA (1917): O QUE FOI, CAUSAS E MAIS!

Levantes populares tendem a mudar a história do mundo, principalmente quando são responsáveis pela transformação de cenários políticos e econômicos em diversos países ao redor do globo. Geralmente, são chamados de revoluções, dada a importância e o alcance das suas consequências.

Um desses movimentos, a Revolução Russa de 1917, foi determinante para o desenrolar da história do mundo no século XX, responsável por uma grande repercussão no cenário político mundial até os dias de hoje.

Quer saber mais sobre a Revolução Russa de 1917 e suas causas e consequências, para se dar bem nas questões do Enem? Então continue lendo este artigo que vamos te contar tudo sobre o assunto!

REVOLUÇÃO RUSSA: 1917

Durante o século XIX, a Rússia era considerada, juntamente com países como Inglaterra, França, Alemanha e Áustria, uma das maiores potências de toda a Europa. Entretanto, enquanto esses países encontravam-se em um grande processo de industrialização e modernização, a Rússia ainda estava em um patamar considerado atrasado.

Com economia baseada principalmente na agricultura, o sistema feudal ainda era predominante entre os russos, de modo que os senhores feudais não admitiam que se iniciasse o processo de modernização produtiva e econômica. Por se tratar de um Império, comandado pelo czar (imperador russo), o país estava submetido às decisões do mesmo, inclusive a própria Igreja Católica Ortodoxa, religião dominante na Rússia.

Em meados do século XIX, a Rússia entrou na Guerra da Crimeia, contra Inglaterra, França e Turquia. Mas, por se encontrarem em um patamar industrial extremamente atrasado, os russos saíram derrotados do conflito, forçando o czar Alexandre II a tomar uma série de providências. Com isso, a servidão foi abolida, as terras foram vendidas aos camponeses e novas áreas agrícolas foram ocupadas.

Essas medidas levaram a um crescimento importante da Rússia, que passou a se tornar um dos principais países exportadores de grãos. Ao mesmo tempo, a população cresceu bastante e, com esse “boom”, problemas como fome e desemprego também surgiram. O Império precisou, finalmente, investir no processo de industrialização.

Isso levou à criação de várias fábricas estrangeiras na Rússia, resultando nas maiores taxas de crescimento entre os países europeus nas últimas duas décadas do século XIX. Apesar da modernização, modelo absolutista se mantinha intacto no poder, o que trouxe um grande descontentamento para a população, cada vez mais organizada e unida.

O INÍCIO DA REVOLUÇÃO

Em 1904, a Rússia entrou novamente em uma guerra, desta vez contra o Japão. Como todo conflito, esse resultou em graves consequências para o povo russo, desorganizando a economia e refletindo, principalmente, nos camponeses e operários. A derrota para os japoneses também fez com que os ânimos se acirrassem, elevando ainda mais a insatisfação contra o czar.

Já no ano seguinte, em uma manifestação popular por melhores condições de vida e pela instalação de um parlamento, o czar respondeu com um massacre, matando várias pessoas em um conflito que é considerado o marco inicial da Revolução Russa. Como não poderia deixar de ser, o resultado foi uma insatisfação ainda maior da população. Apesar disso, o imperador fez algumas concessões a fins de se evitarem novos conflitos, como a criação do parlamento de Duma.

Entre os anos de 1907 e 1914, a Rússia encontrou um ambiente relativamente ameno, com a volta do crescimento econômico e a distribuição de terras aos camponeses. Mas, ao longo do tempo, a oposição começou a ganhar bastante força, principalmente com o lado socialista baseado nas ideias de Karl Marx. Nesse sentido, a ideia era que os problemas somente acabariam com a abolição do capitalismo e a consequente implantação do comunismo.

Divididos em dois grupos distintos, os comunistas tinham ideias mais radicais (bolcheviques, liderados por Lenin) e moderadas (mencheviques). Com o estouro da Primeira Guerra Mundial, em 1914, várias consequências recaíram sobre a Rússia, com a desorganização econômica, a fome e a pobreza, os protestos contra o império e, finalmente, a renúncia por parte do czar, em 1917.

A queda do imperador fez com que um cenário de disputa surgisse, de modo que o governo provisório, ocupado pela burguesia, adotasse algumas medidas que iam desde a anistia para presos políticos até a redução da jornada de trabalho para 8 horas. Apesar disso, os camponeses, que queriam terras, e os operários, que buscavam melhores salários, continuavam insatisfeitos.

CAUSAS DA REVOLUÇÃO RUSSA E A TOMADA DO PODER

Em um contexto de grande disputa política, os bolcheviques passaram a ocupar o cargo de porta-voz da oposição. Esse cenário também favoreceu o surgimento dos sovietes, grupos políticos que nasceram no meio das camadas populares. Dessa forma, era possível encontrar sovietes oriundos de grupos de camponeses, operários e até mesmo soldados.

Em um crescente cenário de insatisfação popular, que se acumulava desde o período imperial até as decisões burguesas tomadas pelo governo provisório, os grupos sovietes e bolcheviques eram vistos como a solução. Assim, apoiado por essas camadas da população e, em conjunto com uma milícia popular, Lênin conquista a capital, forçando a renúncia do poder provisório e assumindo o governo em 1917.

 

 


CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO RUSSA

Agora no poder, Lênin busca a realização e a implantação de uma sociedade igualitária e libertária. Dessa forma, várias medidas foram tomadas, como:

·         desapropriação das terras de burgueses e da Igreja;

·         distribuição dessas terras aos camponeses;

·         estatização dos meios de produção (fábricas, lojas, bancos etc.).

O início do governo de Lênin foi marcado, ainda, por uma guerra civil que abalou profundamente o país. Liderado por Trotsky, o Exército Vermelho derrotou o Exército Branco (oposição à revolução) e manteve os bolcheviques no poder. Entretanto, o cenário ainda era de paralisação econômica e crise social.

Buscando a restauração da confiança no governo, foi lançada Nova Política Econômica (NEP), que estimulava a produção interna e a entrada de capital externo na Rússia. Esse processo resultou na volta do crescimento econômico e no fortalecimento industrial e agrícola do país.

Em 1922, cinco anos após a revolução, foi instituída a URSS (União das Repúblicas Soviéticas Socialistas).

REVOLUÇÃO RUSSA: CONCLUSÃO

Após a morte de Lênin, no ano de 1924, uma disputa pelo poder foi travada por Trotsky e Stálin, de modo que o segundo saiu vencedor e assumiu o governo. Trotsky fugiu do país e foi morto na Cidade do México, em 1940.

Ao mesmo tempo em que a URSS se tornou protagonista no cenário mundial, derrotando o nazismo na Segunda Guerra juntamente com Estados Unidos e Reino Unido, o regime totalitarista também é considerado extremamente rígido, principalmente nos tratos com a oposição e a imprensa, sendo responsável por inúmeras mortes.

A Revolução Russa de 1917 é um dos movimentos sociais e políticos mais importantes da História, principalmente para o desenvolvimento de todo o contexto vivido no século XX na Rússia. Suas repercussões ecoam em diversas partes do mundo até os dias de hoje, influenciando governos em vários países e a própria forma de se fazer política, em tendências de esquerda e direita.

 

 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

 

Após ler sobre a Revolução Russa e assistir a vídeos aulas sobre esse tema. Produza um resumo, partindo do que você entendeu. (2 laudas).



GEOGRAFIA: EUROPA - ECONOMIA E REGIONALIZAÇÃO

 

Nesta semana, continuaremos a falar sobre a União Europeia e suas contradições; após, analisaremos as características específicas de alguns países europeus.

 

·         União Europeia: poderoso bloco econômico:

 

A União Europeia concentra a maior parte da riqueza do continente. Abrange uma população com mais de 551 milhões de pessoas, que apresentam elevada qualidade de vida e rendimentos muito acima da média mundial. Entretanto, o continente europeu apresenta diferenças que não podem ser compreendidas apenas ao analisar seus países mais ricos. Por isso, estudaremos acerca das diferenças econômicas e sociais entre esses países.


Mapa retrata a divisão da Europa em regiões similares. Observe a legenda à direita.

 

A maioria dos países que fazem parte da União Europeia foram beneficiados pelo Plano Marshall (aulas anteriores) e são localizados na porção ocidental do continente. Algumas antigas repúblicas socialistas do leste europeu ingressaram no bloco, entretanto apresentam níveis de desenvolvimento desiguais, principalmente quando comparados aos países mais ricos.

Existe uma “outra Europa”, que é constituída por países mais pobres, pouco industrializados e territorialmente pequenos, principalmente localizados no sudeste do continente (nos Balcãs). Esses países fizeram parte da antiga Iugoslávia (estudaremos na próxima aula) e apresentam níveis diferentes de desenvolvimento, assim como persistem conflitos em seu território, já que suas identidades nacionais ainda estão em construção.

 

·         Desigualdades de renda na Europa:

 

Assim como qualquer continente, não é possível definir a Europa como uma coisa só. Nem todos os países são ricos, nem todos apresentam o mesmo nível de desenvolvimento. No continente europeu há desigualdades de todos os tipos, principalmente relacionadas à economia e, consequentemente, às condições sociais. Estudaremos a desigualdade de renda (observe mapa).


No mapa, é possível observar que a renda varia entre 7 mil a mais de 46 mil dólares dos EUA. Alguns países possuem elevada renda, enquanto outros não.

 

Uma das principais causas da desigualdade de renda na Europa é a desigualdade no nível de desenvolvimento dos países. Luxemburgo, Noruega, Suécia, Finlândia, Suíça, Irlanda e Islândia apresentam as maiores rendas por habitantes do continente, ao passo que Ucrânia, Belarus e Sérvia apresentam as menores.

 

Além do nível de desenvolvimento econômico ser desigual, existem outros fatores:

1 – Nem todos os países conseguem investir em suas economias;

2 – Os investimentos estrangeiros se destinam, em sua maioria, aos países da União Europeia;

3 – Há forte emigração do Leste em direção ao Oeste, impedindo o crescimento das economias desses países, já que os jovens buscam melhores condições de vida em países mais estáveis do continente.

 

·         Centro e periferia da União Europeia:

 

Centro = área extremamente importante que influencia as demais regiões;

Periferia = área dependente do Centro.

 

Na União Europeia, apesar de possuir fortes economias, alguns países se destacam. Esses formam regiões modernas, com infraestrutura avançada e competitiva. Os demais avançam, mas a um ritmo lento. Os primeiros são chamados de “centrais”, os segundos de “periféricos” (observe mapas abaixo).


O “Centro” da União Europeia constitui nas regiões mais industrializadas e dinâmicas da França, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Bélgica e Países Baixos. Raramente envolve todas as regiões do país, mas evidenciam que essas áreas se destacam em relação às outras devido à maior concentração de fábricas, cidades, infraestrutura e população.

Já as áreas periféricas variam desde as mais integradas às regiões centrais (ricas) até as que ainda estão em processo de integração. Como exemplo, temos a Itália, que apresenta uma área central (norte), uma periferia integrada à área central (centro do país) e uma periferia mais pobre (sul). Isso mostra que não existe desenvolvimento igualitário mesmo em países “de primeiro mundo”.

Também é possível perceber no mapa à direita os países mais avançados e os menos avançados em termos de tecnologia no continente. Há similaridades entre os mapas, já que alguns países centrais são considerados “campeões” em inovação tecnológica.

 

·         As potências econômicas da União Europeia:

 

As potências econômicas da UE são Alemanha, França, Itália e Espanha. Com a saída do Reino Unido do bloco, a Espanha entra na lista dos maiores países europeus.



O mapa acima retrata o período anterior à saída do Reino Unido, por isso o país ainda aparece como um dos mais ricos da União Europeia.

É importante observar a proximidade geográfica desses países, além do fato de terem sido os mesmos que constituíram o Benelux e a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, demonstrando que a integração antiga resultou no engrandecimento econômico vivenciado na atualidade. Possuem as maiores regiões industriais do continente, onde o uso de alta tecnologia está associado à produção em larga escala.

 

Atividades: copiar e responder no caderno:

01. É possível definir a Europa como um continente pouco desigual? Justifique (4 linhas).

02. Por que nem todos os países europeus apresentam o mesmo nível de desenvolvimento econômico? (3 linhas).

03. Quais são os motivos que explicam o fato de a Europa Ocidental ser mais rica que a Oriental? (4 linhas).

04. Qual motivo explica a divisão da União Europeia entre “países centrais” e “países periféricos”? (4 linhas).

05. Cite as principais causas das desigualdades de renda no continente europeu. (2 linhas).

06. Escreva um texto de uma lauda com os seguintes assuntos:

·         Motivos da desigualdade de renda;

·         Por que uns países são mais ricos que outros.

07. É possível uma distribuição de renda igualitária para todos os países da União Europeia? Explique. (3 linhas).








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