AGENDA:
ATIVIDADES
DELINGUAGENS E CÓDIGOS –9º ANO
NOME:____________________________________________________________________________________________
TURMA:__________________________________
PORTUGUÊS
1. Que figura de
linguagem está presente neste diálogo entre mãe e filho:
— Não estou satisfeita com as tuas
notas, filho.
— Eu sei, mãe. Não sou bom nessas matérias.
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2. Indique as alternativas que
apresentam a figura de linguagem personificação, também chamada de prosopopeia.
A) as pedras humilham
B) os confetes festejam
C) os diários contam segredos
D) os copos celebram as alegrias
E) a floresta clama por piedade
3. Identifique as figuras de linguagem
nas orações abaixo:
A) O Velho Chico ocupa cerca de 8% do
território brasileiro. _______________________________________________________
B) Aquele tum-tum do seu coração aumentava cada vez que se aproximava da
pretendente. _______________________________
C) “Chove chuva, chove sem parar.” (Jorge Ben Jor) _____________________________________________________________
D) A mim me enganou só uma vez.
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E) Sou um passarinho com desejo de voar.
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4. Indique a alternativa correta.
A) Antítese e paradoxo são dois nomes
para a mesma figura de linguagem, a que utiliza ideias contrárias.
B) Aliteração, paronomásia, assonância e onomatopeia são figuras de sintaxe.
C) As figuras de linguagem são classificadas em: figuras de palavras, figuras
de pensamento, figuras morfológicas e figuras de som.
D) Aliteração é a repetição de sons vocálicos.
E) Este é um exemplo de metonímia: “Parece que temos um Pavarotti”.
5. Quais figuras de linguagem foram
usadas nas orações abaixo?
A) Tudo o que ele disse, eu já fiz.
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B) Gosto de campo, ele de praia.
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C) Na memória, lindas recordações de infância.
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D) Fez e refez, leu e releu e deu o trabalho por concluído.
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E) Eu quero sair, eu quero passear, eu quero ver gente, eu quero dançar! ______________________________________________
6. Qual das orações abaixo apresenta
uma perífrase, também chamada de antonomásia?
A) Saia já para fora!
B) Foi salvo pelo melhor amigo do homem.
C) “É o pau, é a pedra, é o fim do caminho” (Tom Jobim)
D) Escreveu, não leu; o pau comeu.
E) Não aguentava mais aquele buá-buá nos meus ouvidos.
7. Indique em quais alternativas foram
usadas metáforas e em quais foram usadas comparações.
A) Ele é simplesmente um deus grego.
B) Ele é bonito como um deus grego.
C) Suas palavras são doces da minha infância.
D) Age como um burro!
E) Aquele homem é um burro.
8. Qual é a figura de linguagem
presente nas orações abaixo?
A) Convide-o a retirar-se, por favor.
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B) A testemunha faltou com a verdade.
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9. São exemplos de catacrese:
A) cabeça do alfinete, fio de óleo,
corpo do texto.
B) olhos frios, tristeza de cheiro, brisa doce.
C) pulmão do mundo, cidade maravilhosa, ouro negro.
D) a nuvem chora, a noite celebra, vida cruel.
E) O cavaleiro, muito cavalheiro, ajudou a moça a descer do cavalo.
10. Qual é a figura de linguagem
presente na oração abaixo?
“O relógio da parede eu estou
acostumado com ele, mas você precisa mais de relógio do que eu”. (Rubem Braga).
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PRODUÇÃO TEXTUAL
Gênero Crônica
O que é crônica?
Crônica é o tipo de texto que aborda acontecimentos
do dia a dia em uma narração curta e situa-se entre o jornalismo e a literatura. Muito encontrada nos meios de comunicação como revistas, jornais e
rádios, tem como objetivo fazer uma análise crítica das situações cotidianas,
possibilitando ao leitor uma reflexão sobre aquele assunto.
Por ter um texto mais simples e ser utilizada para descrever fatos do
cotidiano, a crônica facilita a aproximação do leitor, como uma conversa entre
amigos, tornando a leitura leve e divertida. Em geral, as crônicas tratam de
temáticas comuns sobre assuntos que estão na “boca do povo”, apresentando uma
crítica de forma objetiva, sem muitos detalhes e, muitas vezes, fora dos
padrões textuais que estamos acostumados.
Em resumo, a crônica pode ser entendida como um
retrato verbal particular dos acontecimentos urbanos e, embora não seja uma
regra, a crônica relata de forma diferenciada as ocorrências, seja de forma
artística, em tom crítico ou com humor.
Quais as características da crônica?
Por tratar de assuntos cotidianos e factuais, a
crônica tem “vida curta”. Isso quer dizer que o assunto em pauta hoje não será
o mesmo de amanhã, aspecto similar ao jornalismo, já que os dois buscam
inspiração nos acontecimentos do dia a dia.
Geralmente, as crônicas apresentam linguagem
simples e espontânea, situada entre a linguagem oral e a escrita. Isso
contribui para que o leitor se identifique com o cronista, que acaba se
tornando o porta voz daquele que lê. Veja quais são as principais
características da crônica:
- Escrita
em textos curtos e de fácil compreensão;
- Possui
linguagem despojada e simples;
- Narra
situações do cotidiano;
- O
uso de poucos personagens (às veze, nenhum);
- Caráter
crítico sobre comportamentos e situações;
- O
uso do humor crítico, irônico e sarcástico;
- Segue
um tempo cronológico determinado.
Para que serve uma crônica?
Por ter caráter jornalístico e apresentar textos
que narram e refletem o cotidiano, as crônicas servem para fazer uma crítica
com a intenção de causar reflexão no leitor sobre determinado assunto. Os bons
cronistas são aqueles que conseguem perceber, no dia a dia de suas vidas,
impressões, ideias ou visões da realidade que não foram percebidas por todos.
Tipos de crônica
Crônica descritiva
Como o próprio nome já diz, a crônica descritiva
expõe de forma mais detalhada os atributos de pessoas, animais ou objetos. Em
geral, é um artigo descritivo sobre situações corriqueiras com uma linguagem
dinâmica e conotativa, dando características sobre o local e/ou personagens que
aparecem.
Crônica narrativa
A crônica narrativa apresenta elementos da narração
em sua estrutura, que pode ser feita na 1ª ou 3º pessoa do singular. Nesse
caso, a crônica pode ser definida como um gênero literário marcado pela
narração de situações cotidianas sob uma ótica individual.
Nessas crônicas não há longos trechos reflexivos ou
argumentativos. Como a tipologia predominante é a narrativa, o texto apresenta
um enredo com personagens, tempo e espaço. Suas principais características são
humor, ação e crítica.
Crônica dissertativa
A apresentação explícita da opinião do autor sobre
determinado assunto do cotidiano é a principal característica desse tipo de
crônica, que pode ser escrita em 1ª do singular ou 3ª pessoa do plural.
Crônica narrativo-descritiva
Apresenta características narrativas e descritivas
de maneira intercalada no decorrer do texto, com acontecimentos retratados em
uma sequência temporal.
Crônica humorística
A crônica humorística utiliza a ironia, o humor e o
sarcasmo para tratar assuntos que impactam a sociedade, como por exemplo,
política e economia. O uso da ironia, de comparações inusitadas ou a utilização
de temas cômicos são algumas das técnicas usadas pelos cronistas.
Para atingir esse grau de comédia, cada cronista
adota um estilo particular – há aqueles que usam da ironia para marcar sua
linguagem, há outros que abordam assuntos cômicos por natureza, ou ainda os
cronistas que constroem discursos engraçados por meio de associações
inusitadas. Quanto mais original e criativa, melhor será a crônica.
Crônica lírica
A crônica lírica apresenta uma linguagem poética e
metafórica que demonstra emoções como nostalgia, saudade e paixão. Ou seja, o
texto escrito deve expressar sentimentalismo.
Crônica poética
Podemos dizer que a crônica poética flerta com o
literário, pois apresenta versos poéticos em forma de crônica, expressando
sentimentos e reações de um determinado assunto.
Crônica jornalística
Esse tipo de crônica mistura tipologias textuais
narrativa e argumentativa, apresentando notícias ou fatos baseados no
cotidiano. Então, a crônica jornalística pode ser caracterizada como um gênero
que mistura fragmentos narrativos – em geral, pequenos fatos
cotidianos são contados para, em seguida, promover-se uma reflexão
sobre eles – e trechos mais longos de reflexão e argumentação sobre o fato
narrado.
É esperado que o tema da crônica jornalística seja
de interesse de um grupo social e não apenas do cronista. Normalmente, os
principais acontecimentos do dia ou da semana anterior são os assuntos redigidos
nas crônicas jornalísticas.
Crônica histórica
A crônica histórica é baseada em fatos ou fatos
históricos, com personagens, tempo e espaço definidos e
com uma linguagem leve e coloquial.
Crônica-ensaio
Aqui o cronista faz duras críticas a instituições de
poder e das relações sociais, de maneira irônica e sarcástica.
Crônica filosófica
A crônica filosófica traz uma
reflexão sobre um fato ou evento.
Principais cronistas brasileiros
Machado de Assis
Sobre
Um dos mais renomados escritores brasileiros, Machado
de Assis é autor de diversas crônicas. Considerado, equivocadamente, como
alienado das questões sociais de seu tempo, ele abordou, ironicamente, temas
como a política, a escravidão e as diferenças sociais do século XIX.
É importante ressaltar que o autor está entre as
exigências básicas para as provas do Enem e da Fuvest.
Clarice Lispector
Sobre
Foi uma das mais importantes escritoras
brasileiras, marcando a literatura do século XX e, com seu
estilo intimista, popularizou as narrativas psicológicas no Brasil. A escritora
é um marco no Modernismo e suas obras continuam até hoje entre as mais lidas do
Brasil.
Clarice Lispector é considerada uma das primeiras
autoras a ganhar notoriedade no país, tendo um papel fundamental para
desconstruir preconceitos e ampliar o horizonte para tantas outras mulheres na
literatura. Além dos diversos romances publicados, a também jornalista dedicava
seu tempo a produzir crônicas como: “Aprendendo a viver” e “A descoberta do
mundo”.
Nelson Rodrigues
Sobre
Reconhecido como um dos mais importantes autores do
teatro brasileiro, Nelson é, também, um dos mais inspirados cronistas tanto no
campo dos costumes, da cultura quanto do futebol. Dramaturgo da cabeça aos
sapatos, ele promove uma mistura de drama e humor em suas obras. Ele inovou o
gênero ao inventar personagens ilustres, como O Idiota da objetividade, O
Cretino Fundamental, A Grã-fina com Narinas de Cadáver, o Sobrenatural de Almeida
e o Gravatinha.
João do Rio
Sobre
Seu nome verdadeiro era João Paulo Emílio Cristóvão
dos Santos Coelho Barreto e atuava como repórter no Rio de Janeiro. As suas
crônicas são carregadas de finas observações e lirismo requintado.
Paulo Mendes de Campos
Sobre
Nascido em Belo Horizonte (MG), Paulo Mendes de
Campos era cronista e poeta e sua obra destacou-se pela simplicidade com que
tratou temas como o mar, a vida carioca, conversas de bar etc., com textos
fluídos e líricos. Escreveu suas primeiras crônicas no Diário Carioca e manteve
por muitos anos, uma coluna semanal na revista Manchete.
Carlos Drummond de Andrade
Sobre
Você já deve ter ouvido falar do mais importante
poeta brasileiro, certo? A sua produção é vasta e única! Ele guardava o essencial
para a poesia, mas escreveu belíssimas crônicas, em textos que mesclavam o
moderno com o clássico. O estilo poético de Carlos Drummond de Andrade ficou
caracterizado por observações do cotidiano misturadas a traços de ironia,
pessimismo e humor.
Vinicius de Moraes
Sobre
Além de um dos mais famosos nomes da Música Popular
Brasileira (MPB), foi escritor, poeta, jornalista, crítico de cinema, diplomata
e muito mais. Em síntese, foi um dos grandes nomes da cultura do Brasil no
século XX. Conhecido por ser o autor de Garota de Ipanema, Vinicius de Moraes
escreveu crônicas para garantir a sobrevivência. Sem chegar a ser um cronista
original, ele desfilou a condição de craque com um estilo impecável, combinando
leveza, senso de humor e lirismo.
Cecília Meireles
Sobre
Foi a primeira mulher que conquistou destaque e
prestígio na literatura brasileira, publicando mais de 50 obras. Realizou
diversos trabalhos como poetisa, professora, jornalista e pintora, deixando em
suas obras características como ritmo, musicalidade e lirismo. Sua última
crônica foi publicada em 1964, ano do seu falecimento.
Lima Barreto
Sobre
Lima Barreto assumia a condição de “mulato, pobre e
livre”, sendo um anti-Machado de Assis. Além de seu trabalho como jornalista,
em suas crônicas adotava um estilo direto e coloquial, criticando as
desigualdades sociais do século XIX. Seus trabalhos já foram reunidos e
publicados por grandes editoras.
Rubem Braga
Sobre
O jornalista promoveu sozinho uma espécie de Semana
de Arte Moderna na crônica ao inventar novas maneiras de cultivar o gênero.
Tornou-se famoso como cronista de jornais e revistas de grande circulação no
país e suas crônicas tinham um tom lírico, humorístico e extremamente irônico.
Dicas de como fazer uma boa crônica
Escolha um fato: É muito importante
escolher um fato do cotidiano que chame a atenção do leitor e do próprio autor,
já que a crônica será publicada em jornais ou revistas o tema escolhido fará
toda a diferença.
Tempo e organização: Separe um tempo, se
organize. Isso te ajudará a ter mais foco na hora de criar uma crônica.
Leitura sobre o tema: É necessário
ler sobre o tema escolhido e ter opiniões sobre ele para colocá-las no seu
texto, pois esta é a principal característica da crônica.
Seja observador: Faça observações sobre o
ponto de vista de outras pessoas, e se for o caso aponte uma solução.
Clareza e objetivo: Quando começar a
escrever, é importante sempre deixar bem clara a sua opinião, relacionando o
tema com você, com o que você pensa sobre o assunto. Coloque-se na situação
sobre a qual está falando e o que sente diante disso.
Cuidado com a escrita: Estude
bastante gramática, concordância e ortografia, um texto tem de ser claro e
objetivo.
Revisão: Depois de terminar o texto, lembre-se
de conferir consigo mesmo se o texto que você escreveu é, de fato, uma crônica.
Há personagens demais? Falta opinião? Reflita sobre essas questões! Leia, faça
correções do mesmo e altere o que for necessário, não só erros gramaticais, mas
também verifique a fluidez do texto. Outra dica importante é pedir para outra
pessoa corrigir para você, outra opinião é sempre importante.
Exemplos de crônicas
- Furto
de flor – Carlos Drummond de Andrade
- O
primeiro beijo – Clarice Lispector
- O
escrete de loucos – Nelson Rodrigues
- Aquarelas
– Machado de Assis
- A
casa materna – Vinícius de Moraes
1-A figura presente é a Litote, a qual é utilizada para suavizar o discurso. Parecida com o Eufemismo, a Litote atenua a ideia por meio de uma negação.
ResponderExcluir2-a,b,c,d estão certas
3-a) Antonomásia, porque “Velho Chico” substitui o nome do Rio São Francisco.
b) Onomatopeia, porque “tum-tum imita o batimento cardíaco.
c) Aliteração, porque há a repetição do som consonantal “ch”.
d) Pleonasmo, porque a ideia da primeira pessoa (mim, me) para intensificar o significado da oração.
e) Metáfora, porque me compara a um passarinho em virtude do meu desejo de voar.
4-Alternativa e: Este é um exemplo de metonímia: “Parece que temos um Pavarotti em casa”.
5-a) Hipérbato, porque há uma alteração na ordem direta da oração. A ordem direta seria: Eu já fiz tudo o que ele disse.
b) Zeugma, porque omite a palavra “gosta” para evitar a repetição.
c) Elipse, porque omite uma palavra que é facilmente identificada: Na memória, (tinha) lindas recordações de infância.
d) Polissíndeto, porque utiliza o conectivo “e” repetidamente.
e) Anáfora, porque a oração apresenta repetições regulares; neste caso, “eu quero”.
6-Alternativa b: Foi salvo pelo melhor amigo do homem.
7-As alternativas em que constam metáforas são:
a) Ele é simplesmente um deus grego.
c) Suas palavras são doces da minha infância.
e) Aquele homem é um burro.
As alternativas em que constam comparações são:
b) Ele é bonito como um deus grego.
d) Age como um burro!
8-1. “convidar alguém a se retirar” é uma forma mais amena de mandar alguém embora.
2. “faltar com a verdade”, é uma forma mais branda de dizer que mentiu.
9-Alternativa a: cabeça do alfinete, fio de óleo, corpo do texto.
10-Anacoluto, porque essa figura de linguagem se caracteriza pelo fato de utilizar mudanças repentinas nas estruturas das frases.
ARYELY SHEKYNAH 9°A