8º
ANO
HISTÓRIA
SEMANA- 07/09 a 11/09
TEMA: Revolução
Francesa
Nas
nossas aulas anteriores nos estudamos alguns fatores que impulsionaram a
Revolução Francesa, entre eles o Iluminismo que mudou os pensamentos das
pessoas, as Revoluções na Inglaterra que lutaram contra o absolutismo do Rei, a
Revolução Industrial que proporcionou mudanças drásticas na população mais
carente.
A Revolução
Francesa, que ocorreu no ano de 1789, é o evento que, segundo alguns
autores, inaugura a chamada Idade Contemporânea. Os historiadores do
século XIX, que fizeram a linha divisória da História, imputaram a este acontecimento
o caráter de marco divisor entre a Idade Moderna e a Contemporânea, por conta
da radicalização política que o caracterizou. Para se entender a Revolução
Francesa é necessário conhecer um pouco da situação econômica e social da
França do século XVIII.
Até o século XVIII, a
França era um estado em que vigia o modelo do absolutismo
monárquico. O então rei francês, Luís XVI, personificava o
Estado, reunindo em sua pessoa os poderes legislativo, executivo e judiciário.
Os franceses então não eram cidadãos de um Estado Democrático Constitucional,
como hoje é comum em todo o mundo ocidental, mas eram súditos do rei. O rei
personificava o Estado.
Dentro da estrutura do
Estado Absolutista, havia três diferentes estados nos quais a população se
enquadrava: o primeiro estado era representado pelos bispos do Alto Clero; o
segundo estado tinha como representantes a nobreza, ou a aristocracia francesa
– que desempenhava funções militares (nobreza de espada) ou funções
jurídicas (nobreza de toga); o terceiro estado, por sua vez, era representado
pela burguesia, que se dividia entre membros do Baixo Clero, comerciantes,
banqueiros, empresários, os sans-cullotes (“sem calções”), trabalhadores
urbanos, e os camponeses, totalizando cerca de 97% da população.
Ao logo da segunda
metade do século XVIII, a França se envolveu em inúmeras guerras, como a Guerra
do Sete Anos (1756-1763), contra a Inglaterra, e o auxílio dado aos Estados
Unidos na Guerra de
Independência (1776). Ao mesmo tempo, a Corte
absolutista francesa, que possuía um alto custo de vida, era financiada pelo
estado, que, por sua vez, já gastava bastante seu orçamento com a burocracia
que o mantinha em funcionamento. Soma-se a essa atmosfera duas crises que a
França teria que enfrentar: 1) uma crise no campo, em razão das péssimas
colheitas das décadas de 1770 e 1780, o que gerou uma inflação 62%; e 2) uma
crise financeira, derivada da dívida pública que se acumulava, sobretudo pela
falta de modernização econômica – principalmente a falta de investimento no
setor industrial.
Os membros do terceiro
estado (muitos deles influenciados pelo pensamento
iluminista e pelos panfletos que propagavam as ideias de
liberdade e igualdade, disseminados entre a população) passaram a ser os mais
afetados pela crise. No fim da década de 1780, a burguesia, os trabalhadores
urbanos e os camponeses começaram a exigir uma resposta do rei e da Corte à
crise que os afetava, bem como passaram a reivindicar direitos mais amplos e
maior representação dentro da estrutura política francesa. Em julho de 1788,
houve a convocação dos Estados Gerais, isto é, uma reunião para deliberação
sobre assuntos relacionados à situação política da França. Nessa convocação, o
conflito entre os interesses do terceiro estado e os da nobreza e do Alto
Clero, que apoiavam o rei, se acirraram. O rei então estabeleceu a Assembleia
dos Estados Gerais em 5 de maio de 1789, com o objetivo de decidir pelo voto os
rumos do país. Entretanto, os votos eram por representação de estado. Sendo
assim, sempre o resultado seria dois votos contra um, ou seja: primeiro e
segundo estados contra o terceiro. Fato que despertou a indignação de burgueses
e trabalhadores.
A burguesia, que
liderava o terceiro estado, propôs em 10 de junho uma Assembleia Nacional, isto
é, uma assembleia para se formular uma nova constituição para a França. Essa
proposta não obteve resposta por parte do rei, da nobreza e do Alto Clero. Em
17 de junho, burgueses, trabalhadores e demais membros do terceiro estado se
declararam em reunião para formulação de uma constituição, mesmo sem a resposta
do primeiro e do segundo estado. Ao mesmo tempo, começava um levante popular em
Paris e outro entre os camponeses. A Revolução se iniciou.
Em 14 de julho de
1789, a massa de populares tomou a Bastilha, a prisão que era símbolo do
Antigo Regime e, em 4 de agosto, a Assembleia Nacional instituiu uma série de
decretos que, dentre outras coisas, cortava os privilégios da nobreza, como a
isenção de impostos e o monopólio sobre terras cultiváveis. A Assembleia
institui a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, que reivindicava a
condição de cidadãos aos franceses e não mais de súditos do rei. Em setembro de
1791 foi promulgada a nova constituição francesa, assegurando a cidadania para
todos e pressionando o monarca Luís XVI a aceitar os seus critérios. Essa
constituição previa ainda a igualdade de todos perante a lei, o voto
censitário, a confiscação das terras eclesiásticas, o fim do dízimo, a
constituição civil do clero, dentre outros pontos. A partir deste momento, a
França revolucionária esboçou o seu primeiro tipo de novo governo, a Monarquia
Constitucional, que durou de 1791 a 1792.
A ala mais radical da
Revolução, os jacobinos (que haviam participado da Assembleia Constituinte,
sentando-se à esquerda do plenário e opondo-se aos girondinos que se
posicionavam à direita), defendiam uma ampliação da perspectiva revolucionária,
cuja proposta era não se submeter às decisões da alta burguesia, que se
articulava com a nobreza e o monarca. Os jacobinos queriam radicalizar a
pressão contra os nobres e o clero, e instituir uma República Revolucionária,
sem nenhum resquício da Monarquia.
Prevendo a ameaça que
vinha dos rumos que a Revolução tomava, o rei Luís XVI articulou um levante
contrarrevolucionário com o apoio das monarquias austríaca e prussiana. Em
1792, a Áustria invadiu a França e essa declarou guerra àquela. A população
parisiense, após saber dos planos do rei, invadiu o palácio real de Tulleries e
prendeu o rei e sua família. O Rei e sua esposa, Maria Antonieta, tiveram suas
cabeças decepadas pela guilhotina em 1793 e a Monarquia Constitucional chegou
ao seu fim no mesmo ano.
O último rei do
absolutismo francês, Luís XVI, e sua esposa, Maria Antonieta, foram
guilhotinados pelos revolucionários
Com o fim da Monarquia
Constitucional, houve também a dissolução da Assembleia Constituinte e
a Convenção Nacional de um novo parlamento. O período da convenção se
caracterizou pela forte presença do radicalismo jacobino comandando a
Revolução, momento que se tornou conheciso como a fase
do Terror (sobretudo por conta do uso indiscriminado da guilhotina
como máquina da morte). Nomes como Robespierre, Saint-Just e Danton figuram
entre os principais líderes jacobinos. Foi neste período também que a Áustria e
Prússia prosseguiram sua guerra contra a França, temendo que a Revolução se
espalhasse por seus territórios. No processo de confronto contra essas duas
monarquias, nasceu o exército nacional francês, isto é: um exército que, pela
primeira vez, não era composto de mercenários e aristocratas, mas do povo de
uma nação que se via como nação.
Em 1795, a burguesia
conseguiu retomar o poder e, através de uma nova constituição, instituir uma
nova fase à Revolução, chamada o Diretório, órgão composto por cinco
membros indicados pelos deputados. Mas a partir deste mesmo ano a crise social
se tornou muito ampla na França, oque exigiu um contorno político mais eficaz,
sob pena da volta da radicalização jacobina.
ATIVIDADE
DE FIXAÇÃO
Atividade do livro: Sociedade & Cidadania –
página 62 (Questão 01 e 02).
GEOGRAFIA
SEMANA
07/09 a 11/09
TEMA: A ascensão dos Estados Unidos no
cenário internacional
OsEstados
Unidos da América (EUA) são um país localizado na América do Norte. É
considerado o país mais influente do mundo e exerce
forte domínio político, econômico, militar e cultural.
É o terceiro
país mais populoso do mundo, com 333 milhões de habitantes e o quarto maior
país do mundo em extensão territorial, com uma área de 9.833.517 quilômetros quadrados.
A
data oficial da fundação dos Estados Unidos é 4 de
julho de 1776, quando as Treze Colônias assinaram a declaração da
independência.
Duas filosofias
foram responsáveis pela consolidação da hegemonia norte-americana: a ideia do Destino Manifesto e a Doutrina Monroe.
O Destino Manifesto
é uma filosofia que expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos foi
eleito por Deus para comandar o mundo, sendo o expansionismo geopolítico
norte-americano apenas uma expressão desta vontade divina.
A
expressão Destino Manifesto foi primeiramente utilizada por John L. O’Sullivan,
num artigo escrito em 1839, mas só publicado em 1845. Neste era defendido que
os EUA estavam destinados a realização dos melhores feitos e a manifestar para
a humanidade a excelência dos princípios divinos, eles seriam a nação do
progresso, da liberdade individual e da emancipação universal, e não haveriam
dúvidas que no futuro seria a maior de todas. Essa doutrina motivou o
expansionismo e a conquista do Oeste norte-americano.
O
uso desta doutrina seria oficialmente abandonado em 1850, apenas para ser
revivida em 1880, passando então a ser amplamente utilizada pelos políticos da
época, em meio à corrida colonial promovida pelas potências europeias. Após a
realização de suas ambições, tanto o meio político como a mídia norte-americana
em geral irão mais uma vez "enterrar" a doutrina, embora muitos
especialistas acreditem que certas ideias do Destino Manifesto façam parte das
ideias político-militares estadunidense até hoje, estando presentes em muitas
das ações unilaterais controversas realizadas pelo seu governo através das
décadas.
A Doutrina
Monroe, por sua vez, surgiu oficialmente em
1823, como uma resposta à suposta ameaça das nações europeias de invadir e
recolonizar o continente americano. Foi anunciada pelo presidente
norte-americano James Monroe em 2 de dezembro daquele ano, durante um discurso
em que afirmava que os europeus não deveriam mais se intrometer em assuntos
relacionados às nações que surgiam no continente americano. A mensagem dada pelo presidente
norte-americano voltava-se, principalmente, contra Portugal e Espanha –
justamente as duas nações que lidavam com os processos de independência de suas
(agora ex) colônias na América.
A garantia dada em troca era a de que os americanos não
interviriam em assuntos europeus. O lema dessa
doutrina era “América para os americanos” e, nela, os Estados
Unidos posicionavam-se como o guardião da integridade territorial do
continente. Os historiadores apontam que a Doutrina Monroe foi revertida em
política de caráter imperialista a partir da segunda metade do século
XIX.
Ao olhar para o
passado, em direção à formação dos Estados Unidos enquanto força hegemônica,
vale lembrar as profundas transformações pelas quais passa o mundo hoje. Há uma
década, falava-se da consolidação do poder dos Estados Unidos e de um mundo
unipolar (onde um único país seria a potência econômica e política) controlado
apartir de Washington, capital dos EUA. Mas pouco menos de uma década se passou
e hoje a narrativa do declínio dos Estados Unidos tem se difundido e
fortalecido. Atualmente, no sistema internacional, os debates apontam que o
poder das nações evoluiu e se transformou. Vivemos num sistema em transição
ainda longe de construir um tabuleiro de jogo claro e estável, ou seja, as
forças políticas e econômicas estão se transformando.
ATENÇÃO!
No livro didático Expedições Geográficas 8° ano esses conteúdos estão no PERCURSO 9 (da página 82 à página 89).
ATIVIDADES
PROPOSTAS
(Todas
as questões devem copiadas e respondidas em seu caderno)
1.
Estados Unidos e Canadá são países de língua inglesa que passaram pelo processo
de colonização de povoamento. Essa parte do continente Americano é chamada de:
a)
América Latina
b)
América Central
c)
América do Sul
d)
América Anglo-Saxônica
e)
América do Norte
2. Observe a imagem abaixo:
É possível ver na imagem acima Colúmbia, a
personificação feminina dos EUA, levando cabos de telégrafos para o Oeste,
sendo ainda acompanhada por colonos estadunidenses e pelos trens. Do lado
esquerdo, estão os indígenas e animais selvagens, em um quadrante escuro da
tela, o que mostra que a chegada de Colúmbia levaria a luz a esses locais. A
imagem representa também a ideologia:
a) Doutrina
Monroe.
b) Aliança
para o Progresso.
c) América
para os Americanos.
d) Destino
Manifesto.
e)
Supremacia racial.
3. Quanto à história do expansionismo
norte-americano, a Doutrina Monroe pode ser definida como:
a) Uma doutrina que visava proteger os nativos
americanos das ameaças canadenses.
b) Uma filosofia que
expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos foi eleito por Deus para comandar
o mundo.
c) A crença na superioridade racial dos
norte-americanos.
d) Uma série de conflitos entre Estados Unidos e
as demais nações americanas.
e) expressão da política imperialista dos EUA em
relação à América Latina, desenvolvida a partir do século XX.
4. Assinale a alternativa correta acerca do papel
dos Estados Unidos da América na geopolítica e na geoeconomia internacionais.
a)
Continuam sendo a maior potência
política e econômica do mundo, não existindo nenhum outro país que ameace seu
poderio.
b) Fortaleceram importante posição de liderança
ambiental global ao assumir compromissos na luta contra os efeitos das mudanças
climáticas.
c) Ao longo de sua história, os EUA sempre
evitaram entrar em conflito com outras nações, assumindo o papel de grandes
diplomatas mundiais.
d)
País com mais mortes por Covid-19 no
mundo e cuja economia contraiu em nível recorde no primeiro semestre deste ano.
5.
Analise o texto sobre a economia mundial.
EUA E CHINA VÃO
À OMC CONTRA TAXAS
Estados
Unidos e China entraram com recursos na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Donald Trump decidiu sobretaxar as importações de aço e alumínio em 10% e 25%,
respectivamente. O Ministério do Comércio da China informou ter entrado com uma
reclamação na OMC em relação à lista de tarifas propostas por Washington sobre
US$ 200 de produtos chineses. Desde julho já vigoram taxas mútuas sobre US$ 34
bilhões de importações chinesas e americanas.
O Globo, Economia, 17 jul. 2018, p. 19. Adaptado.
Essa situação internacional refere-se
diretamente ao seguinte fenômeno:
A)
guerra econômica entre potências globais.
B)
desajuste global entre corpos diplomáticos.
C)
confronto militar entre potências mundiais.
D)
disputa política entre empresas multinacionais
E)
guerra tecnológica que visa definir quem irá comercializar com a Rússia.
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