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9°Ano: Laboratórios 17/09

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

8ºANO: HISTÓRIA E GEOGRAFIA

 

8º ANO

HISTÓRIA

SEMANA- 07/09 a 11/09

TEMA: Revolução Francesa

 

Nas nossas aulas anteriores nos estudamos alguns fatores que impulsionaram a Revolução Francesa, entre eles o Iluminismo que mudou os pensamentos das pessoas, as Revoluções na Inglaterra que lutaram contra o absolutismo do Rei, a Revolução Industrial que proporcionou mudanças drásticas na população mais carente.    

A Revolução Francesa, que ocorreu no ano de 1789, é o evento que, segundo alguns autores, inaugura a chamada Idade Contemporânea. Os historiadores do século XIX, que fizeram a linha divisória da História, imputaram a este acontecimento o caráter de marco divisor entre a Idade Moderna e a Contemporânea, por conta da radicalização política que o caracterizou. Para se entender a Revolução Francesa é necessário conhecer um pouco da situação econômica e social da França do século XVIII.

Até o século XVIII, a França era um estado em que vigia o modelo do absolutismo monárquico. O então rei francês, Luís XVI, personificava o Estado, reunindo em sua pessoa os poderes legislativo, executivo e judiciário. Os franceses então não eram cidadãos de um Estado Democrático Constitucional, como hoje é comum em todo o mundo ocidental, mas eram súditos do rei. O rei personificava o Estado.

Dentro da estrutura do Estado Absolutista, havia três diferentes estados nos quais a população se enquadrava: o primeiro estado era representado pelos bispos do Alto Clero; o segundo estado tinha como representantes a nobreza, ou a aristocracia francesa – que desempenhava funções militares (nobreza de espada) ou funções jurídicas (nobreza de toga); o terceiro estado, por sua vez, era representado pela burguesia, que se dividia entre membros do Baixo Clero, comerciantes, banqueiros, empresários, os sans-cullotes (“sem calções”), trabalhadores urbanos, e os camponeses, totalizando cerca de 97% da população.

Ao logo da segunda metade do século XVIII, a França se envolveu em inúmeras guerras, como a Guerra do Sete Anos (1756-1763), contra a Inglaterra, e o auxílio dado aos Estados Unidos na Guerra de Independência (1776). Ao mesmo tempo, a Corte absolutista francesa, que possuía um alto custo de vida, era financiada pelo estado, que, por sua vez, já gastava bastante seu orçamento com a burocracia que o mantinha em funcionamento. Soma-se a essa atmosfera duas crises que a França teria que enfrentar: 1) uma crise no campo, em razão das péssimas colheitas das décadas de 1770 e 1780, o que gerou uma inflação 62%; e 2) uma crise financeira, derivada da dívida pública que se acumulava, sobretudo pela falta de modernização econômica – principalmente a falta de investimento no setor industrial.

Os membros do terceiro estado (muitos deles influenciados pelo pensamento iluminista e pelos panfletos que propagavam as ideias de liberdade e igualdade, disseminados entre a população) passaram a ser os mais afetados pela crise. No fim da década de 1780, a burguesia, os trabalhadores urbanos e os camponeses começaram a exigir uma resposta do rei e da Corte à crise que os afetava, bem como passaram a reivindicar direitos mais amplos e maior representação dentro da estrutura política francesa. Em julho de 1788, houve a convocação dos Estados Gerais, isto é, uma reunião para deliberação sobre assuntos relacionados à situação política da França. Nessa convocação, o conflito entre os interesses do terceiro estado e os da nobreza e do Alto Clero, que apoiavam o rei, se acirraram. O rei então estabeleceu a Assembleia dos Estados Gerais em 5 de maio de 1789, com o objetivo de decidir pelo voto os rumos do país. Entretanto, os votos eram por representação de estado. Sendo assim, sempre o resultado seria dois votos contra um, ou seja: primeiro e segundo estados contra o terceiro. Fato que despertou a indignação de burgueses e trabalhadores.

A burguesia, que liderava o terceiro estado, propôs em 10 de junho uma Assembleia Nacional, isto é, uma assembleia para se formular uma nova constituição para a França. Essa proposta não obteve resposta por parte do rei, da nobreza e do Alto Clero. Em 17 de junho, burgueses, trabalhadores e demais membros do terceiro estado se declararam em reunião para formulação de uma constituição, mesmo sem a resposta do primeiro e do segundo estado. Ao mesmo tempo, começava um levante popular em Paris e outro entre os camponeses. A Revolução se iniciou.

Em 14 de julho de 1789, a massa de populares tomou a Bastilha, a prisão que era símbolo do Antigo Regime e, em 4 de agosto, a Assembleia Nacional instituiu uma série de decretos que, dentre outras coisas, cortava os privilégios da nobreza, como a isenção de impostos e o monopólio sobre terras cultiváveis. A Assembleia institui a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, que reivindicava a condição de cidadãos aos franceses e não mais de súditos do rei. Em setembro de 1791 foi promulgada a nova constituição francesa, assegurando a cidadania para todos e pressionando o monarca Luís XVI a aceitar os seus critérios. Essa constituição previa ainda a igualdade de todos perante a lei, o voto censitário, a confiscação das terras eclesiásticas, o fim do dízimo, a constituição civil do clero, dentre outros pontos. A partir deste momento, a França revolucionária esboçou o seu primeiro tipo de novo governo, a Monarquia Constitucional, que durou de 1791 a 1792.

A ala mais radical da Revolução, os jacobinos (que haviam participado da Assembleia Constituinte, sentando-se à esquerda do plenário e opondo-se aos girondinos que se posicionavam à direita), defendiam uma ampliação da perspectiva revolucionária, cuja proposta era não se submeter às decisões da alta burguesia, que se articulava com a nobreza e o monarca. Os jacobinos queriam radicalizar a pressão contra os nobres e o clero, e instituir uma República Revolucionária, sem nenhum resquício da Monarquia.

Prevendo a ameaça que vinha dos rumos que a Revolução tomava, o rei Luís XVI articulou um levante contrarrevolucionário com o apoio das monarquias austríaca e prussiana. Em 1792, a Áustria invadiu a França e essa declarou guerra àquela. A população parisiense, após saber dos planos do rei, invadiu o palácio real de Tulleries e prendeu o rei e sua família. O Rei e sua esposa, Maria Antonieta, tiveram suas cabeças decepadas pela guilhotina em 1793 e a Monarquia Constitucional chegou ao seu fim no mesmo ano.



O último rei do absolutismo francês, Luís XVI, e sua esposa, Maria Antonieta, foram guilhotinados pelos revolucionários

Com o fim da Monarquia Constitucional, houve também a dissolução da Assembleia Constituinte e a Convenção Nacional de um novo parlamento. O período da convenção se caracterizou pela forte presença do radicalismo jacobino comandando a Revolução, momento que se tornou conheciso como a fase do Terror (sobretudo por conta do uso indiscriminado da guilhotina como máquina da morte). Nomes como Robespierre, Saint-Just e Danton figuram entre os principais líderes jacobinos. Foi neste período também que a Áustria e Prússia prosseguiram sua guerra contra a França, temendo que a Revolução se espalhasse por seus territórios. No processo de confronto contra essas duas monarquias, nasceu o exército nacional francês, isto é: um exército que, pela primeira vez, não era composto de mercenários e aristocratas, mas do povo de uma nação que se via como nação.

Em 1795, a burguesia conseguiu retomar o poder e, através de uma nova constituição, instituir uma nova fase à Revolução, chamada o Diretório, órgão composto por cinco membros indicados pelos deputados. Mas a partir deste mesmo ano a crise social se tornou muito ampla na França, oque exigiu um contorno político mais eficaz, sob pena da volta da radicalização jacobina.


ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

Atividade do livro: Sociedade & Cidadania – página 62 (Questão 01 e 02).



GEOGRAFIA

 

SEMANA 07/09 a 11/09

TEMA: A ascensão dos Estados Unidos no cenário internacional

OsEstados Unidos da América (EUA) são um país localizado na América do Norte. É considerado o país mais influente do mundo e exerce forte domínio político, econômico, militar e cultural.

É o terceiro país mais populoso do mundo, com 333 milhões de habitantes e o quarto maior país do mundo em extensão territorial, com uma área de 9.833.517 quilômetros quadrados.

A data oficial da fundação dos Estados Unidos é 4 de julho de 1776, quando as Treze Colônias assinaram a declaração da independência.

Duas filosofias foram responsáveis pela consolidação da hegemonia norte-americana: a ideia do Destino Manifesto e a Doutrina Monroe.

O Destino Manifesto é uma filosofia que expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos foi eleito por Deus para comandar o mundo, sendo o expansionismo geopolítico norte-americano apenas uma expressão desta vontade divina.

A expressão Destino Manifesto foi primeiramente utilizada por John L. O’Sullivan, num artigo escrito em 1839, mas só publicado em 1845. Neste era defendido que os EUA estavam destinados a realização dos melhores feitos e a manifestar para a humanidade a excelência dos princípios divinos, eles seriam a nação do progresso, da liberdade individual e da emancipação universal, e não haveriam dúvidas que no futuro seria a maior de todas. Essa doutrina motivou o expansionismo e a conquista do Oeste norte-americano.

O uso desta doutrina seria oficialmente abandonado em 1850, apenas para ser revivida em 1880, passando então a ser amplamente utilizada pelos políticos da época, em meio à corrida colonial promovida pelas potências europeias. Após a realização de suas ambições, tanto o meio político como a mídia norte-americana em geral irão mais uma vez "enterrar" a doutrina, embora muitos especialistas acreditem que certas ideias do Destino Manifesto façam parte das ideias político-militares estadunidense até hoje, estando presentes em muitas das ações unilaterais controversas realizadas pelo seu governo através das décadas.

A Doutrina Monroe, por sua vez, surgiu oficialmente em 1823, como uma resposta à suposta ameaça das nações europeias de invadir e recolonizar o continente americano. Foi anunciada pelo presidente norte-americano James Monroe em 2 de dezembro daquele ano, durante um discurso em que afirmava que os europeus não deveriam mais se intrometer em assuntos relacionados às nações que surgiam no continente americano. A mensagem dada pelo presidente norte-americano voltava-se, principalmente, contra Portugal e Espanha – justamente as duas nações que lidavam com os processos de independência de suas (agora ex) colônias na América.

A garantia dada em troca era a de que os americanos não interviriam em assuntos europeus. O lema dessa doutrina era “América para os americanos” e, nela, os Estados Unidos posicionavam-se como o guardião da integridade territorial do continente. Os historiadores apontam que a Doutrina Monroe foi revertida em política de caráter imperialista a partir da segunda metade do século XIX.

Ao olhar para o passado, em direção à formação dos Estados Unidos enquanto força hegemônica, vale lembrar as profundas transformações pelas quais passa o mundo hoje. Há uma década, falava-se da consolidação do poder dos Estados Unidos e de um mundo unipolar (onde um único país seria a potência econômica e política) controlado apartir de Washington, capital dos EUA. Mas pouco menos de uma década se passou e hoje a narrativa do declínio dos Estados Unidos tem se difundido e fortalecido. Atualmente, no sistema internacional, os debates apontam que o poder das nações evoluiu e se transformou. Vivemos num sistema em transição ainda longe de construir um tabuleiro de jogo claro e estável, ou seja, as forças políticas e econômicas estão se transformando.

 

 

ATENÇÃO!

No livro didático Expedições Geográficas 8° ano esses conteúdos estão no PERCURSO 9 (da página 82 à página 89).


ATIVIDADES PROPOSTAS

(Todas as questões devem copiadas e respondidas em seu caderno)

 

1. Estados Unidos e Canadá são países de língua inglesa que passaram pelo processo de colonização de povoamento. Essa parte do continente Americano é chamada de:

a) América Latina

b) América Central

c) América do Sul

d) América Anglo-Saxônica

e) América do Norte


2. Observe a imagem abaixo: 

Tela Progresso Americano, de John Gaster (1842-?)

É possível ver na imagem acima Colúmbia, a personificação feminina dos EUA, levando cabos de telégrafos para o Oeste, sendo ainda acompanhada por colonos estadunidenses e pelos trens. Do lado esquerdo, estão os indígenas e animais selvagens, em um quadrante escuro da tela, o que mostra que a chegada de Colúmbia levaria a luz a esses locais. A imagem representa também a ideologia:

a) Doutrina Monroe.

b) Aliança para o Progresso.

c) América para os Americanos.

d) Destino Manifesto.

e) Supremacia racial.

 

3. Quanto à história do expansionismo norte-americano, a Doutrina Monroe pode ser definida como:

a) Uma doutrina que visava proteger os nativos americanos das ameaças canadenses.

b) Uma filosofia que expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos foi eleito por Deus para comandar o mundo.

c) A crença na superioridade racial dos norte-americanos.

d) Uma série de conflitos entre Estados Unidos e as demais nações americanas.

e) expressão da política imperialista dos EUA em relação à América Latina, desenvolvida a partir do século XX.

 

4. Assinale a alternativa correta acerca do papel dos Estados Unidos da América na geopolítica e na geoeconomia internacionais.

a) Continuam sendo a maior potência política e econômica do mundo, não existindo nenhum outro país que ameace seu poderio.

b) Fortaleceram importante posição de liderança ambiental global ao assumir compromissos na luta contra os efeitos das mudanças climáticas.

c) Ao longo de sua história, os EUA sempre evitaram entrar em conflito com outras nações, assumindo o papel de grandes diplomatas mundiais.

d) País com mais mortes por Covid-19 no mundo e cuja economia contraiu em nível recorde no primeiro semestre deste ano.

 

5. Analise o texto sobre a economia mundial.

EUA E CHINA VÃO À OMC CONTRA TAXAS

Estados Unidos e China entraram com recursos na Organização Mundial do Comércio (OMC). Donald Trump decidiu sobretaxar as importações de aço e alumínio em 10% e 25%, respectivamente. O Ministério do Comércio da China informou ter entrado com uma reclamação na OMC em relação à lista de tarifas propostas por Washington sobre US$ 200 de produtos chineses. Desde julho já vigoram taxas mútuas sobre US$ 34 bilhões de importações chinesas e americanas.

O Globo, Economia, 17 jul. 2018, p. 19. Adaptado.

 Essa situação internacional refere-se diretamente ao seguinte fenômeno:

A) guerra econômica entre potências globais.

B) desajuste global entre corpos diplomáticos.

C) confronto militar entre potências mundiais.

D) disputa política entre empresas multinacionais

E) guerra tecnológica que visa definir quem irá comercializar com a Rússia. 




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