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9°Ano: Laboratórios 17/09

domingo, 28 de março de 2021

7ºANO: PORTUGUÊS 29/03/21

 

Conteúdo: Reflexão sobre a língua: Outros tipos de derivação. (páginas 49 e 50)

Atividade: páginas 48 e 49 (questões de 6 a 8). 







PRODUÇÃO TEXTUAL:

OBSERVAÇÃO:  Envie suas respostas para o e-mail institucional do(a) seu(sua) professor(a):

7° ano A - Débora Pontes: debora.pontes@educacao.fortaleza.ce.gov.br

  7° ano B e C -Leudilanio Alves: antonio.leudiano@educacao.fortaleza.ce.gov.br        


Produção Textual: Memórias Literárias

Oficina 3: Vamos combinar?

 

A situação de produção

Memórias podem ser escritas e conhecidas por outras pessoas, não apenas por quem as viveu. É exatamente isso que sua turma será estimulada a fazer: aproximar-se de antigos moradores da comunidade, ouvir os relatos de lembranças deles e delas e, escrevê-los para que sejam lidos por muitos.

 

Atividade 1

1. Registro dos relatos.

(Você pode optar por se colocar no lugar do entrevistado (o que significa escrever o texto em primeira pessoa); podem apresentar o entrevistado ou a entrevistada, que passa então a narrar os acontecimentos (neste caso, a narrativa também é em primeira pessoa, mas precisa ficar bem claro quem está falando no texto: primeiro aparece o narrador-observador e depois o narrador-personagem); ou ainda podem reportar-se à narrativa do entrevistado ou entrevistada, o que significa escrever o texto em terceira pessoa.

2. Lembre-sedo que são memórias e do que perceberam de como as fotos e os objetos antigos podem ajudar a revivê-las. Lembre-se também como uma pessoa mais velha pode ter muitas coisas para contar.

3. Lembre-se que os textos não devem ficar guardados na gaveta. Eles podem ser organizados em um blog ou em livro (entregue à biblioteca da escola e à da cidade). Essa publicação poderá ser ilustrada com fotografias e desenhos produzidos pelos próprios alunos.

 

Viver para contar

Atividade 2

  1. Pesquise e leia um fragmento do livro Nas ruas do Brás, de Drauzio Varella.

 

Sobre Drauzio Varella

Drauzio Varella é um médico e escritor brasileiro, neto de um imigrante espanhol. Ele é bastante conhecido pelo seu trabalho, no rádio e na televisão, para esclarecer a população sobre prevenção à AIDS, ao câncer, combate ao tabagismo, primeiros socorros, atendimento à população carcerária e outras áreas da saúde humana. Dentre os vários livros que publicou, destinou um deles ao público infantil, para contar episódios de sua infância nas ruas do Brás, um bairro paulista, assim como para relembrar as memórias de familiares mais velhos. Conheça mais sobre Drauzio Varella: acesse o site oficial do escritor.

 

Para saber mais

Em busca de sentido

Para ler um texto, não basta identificar letras, sílabas e palavras; é preciso buscar o sentido, compreender, interpretar, relacionar e reter o que for mais relevante.

Quando lemos algo, temos sempre um objetivo: buscar informação, ampliar conhecimento, meditar, entreter-nos. O objetivo da leitura é que vai mobilizar as estratégias que o leitor utilizará. Sendo assim, ler um artigo de jornal é diferente de ler um romance, uma história em quadrinhos ou um poema.

Ler textos traz desafios para todos(as). Para vencê-los é fundamental a mediação de um professor, que deve ajudar a compreender, gradativamente, diferentes gêneros textuais por meio da leitura individual e autônoma.Algumas estratégias podem facilitar essa conquista: uma delas é ler de forma cativante, emocionada, enfática; outra, ouvir as leituras e as histórias contadas.

 

Memórias literárias – Trecho de Nas ruas do Brás

O pai do meu pai era pastor de ovelhas numa aldeia bem pequena, nas montanhas da Galícia, ao norte da Espanha. Antes de o dia clarear, ele abria o estábulo e saía com as ovelhas para o campo. Junto, seu amigo inseparável: um cachorrinho ensinado.

Numa noite de neve na aldeia, depois que os irmãos menores dormiram, meu avô sentou ao lado da mãe na luz quente do fogão a lenha:

– Mãe, eu quero ir para o Brasil, quero ser um homem de respeito, trabalhar e mandar dinheiro para a senhora criar os irmãos.

Ela fez o que pôde para convencê-lo a ficar. Pediu que esperasse um pouco mais, era ainda um menino, mas ele estava determinado:

– Não vou pastorear ovelhas até morrer, como fez o pai.

Mais tarde, como em outras noites de frio, a mãe foi pôr uma garrafa de água quente entre as cobertas para esquentar a cama dele:

– Doze anos, meu filho, quase um homem. Você tem razão, a Espanha pouco pode nos dar. Vá para o Brasil, terra nova, cheia de oportunidades. E trabalhe duro, siga o exemplo do seu pai.

Meu avô viu os olhos de sua mãe brilharem como líquido. Desde a morte do marido, era a primeira vez que chorava diante de um filho.

Drauzio VARELLA. Nas ruas do Brás. São Paulo: Companhia das letrinhas, 2000, p. 5.

Coleção Memória e História.

3. Brás é um bairro da cidade de São Paulo e abrigou muitos imigrantes espanhóis, italianos etc. que vieram tentar a vida no Brasil. Foi nesse bairro bem popular que nosso autor cresceu e viveu as aventuras que registrou nesse livro destinado às crianças. Entre suas próprias lembranças, ele conta também as histórias de juventude de seu avô.

 

4. O trecho do livro reconstitui a conversa do avô com a mãe, quando tinha 12 anos, no momento em que ele decide deixar seu país e vir para o Brasil.

 

5. Após a leitura do texto, responda o questionário.

  • O que imaginaram e sentiram enquanto liam o texto?

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  • Alguma parte chamou mais a atenção? Qual? Por quê?

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  • O que o autor conta nesse trecho: um fato que viveu, uma situação, suas lembranças pessoais ou as de outra pessoa?

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6. Em seguida, desenhem, no computador ou no papel, uma cena que tenha lhes chamado a atenção. Se optar pela realização da atividade no computador, você pode utilizar não somente programas como o Paint, disponível em computador com sistema operacional Windows, mas também ferramentas on-line de criação e compartilhamento de desenhos, como o Sketchpad.

 

7. Esse livro foi publicado quando Drauzio tinha 57 anos e que nesse trecho ele conta uma história que deve ter ouvido do avô (ou de seu pai) quando era criança. Será que o autor escreveu exatamente o que ouviu naquela época? Quais são as diferenças entre registrar exatamente o que se ouviu e a lembrança da história que se escutou?

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