AGENDA:
OBSERVAÇÃO: Envie suas respostas para o e-mail do(a) seu(sua) professor(a):
7° ano A - Débora Pontes: debora.pontes@educacao.fortaleza.ce.gov.br
7° ano B e C - Leudilanio Alves: antonio.leudiano@educacao.fortaleza.ce.gov.br
ATIVIDADE DE
PRODUÇÃO TEXTUAL– 7º ANO
Produção Textual: Memórias Literárias
Oficina 10: Marcas do passado
Verbos
no passado
O autor ou a autora de memórias literárias usa os
verbos para marcar um tempo do passado. Esta oficina trata dos tempos verbais
essenciais no gênero memórias: pretérito perfeito e pretérito imperfeito.
Atividade
1
Para
saber mais
Verbos
Ataliba Castilho, em Nova gramática do
português brasileiro, considera como verbo a palavra (1) que introduz
participantes no texto, via processo de apresentação, por exemplo; (2) que os
qualifica devidamente, via processo de predicação; (3) que concorre para a
constituição dos gêneros discursivos, via alternância de tempos e modos.
- Leia o trecho
abaixo:
Cheguei a Nova Granada de manhãzinha, quase escuro,
quase claro, a noite indo embora sem pressa e o dia, menos apressado ainda,
dando as caras. Passei a alça da mochila pelo ombro, e comecei a caminhar em
direção da casa de meus pais, localizada no centro da cidade, para uma visita
de carinho e saudade.
Edson Gabriel Garcia. Nas ondas do rádio. Cenpec, 2004.
- Responda as
perguntas:
- É possível
identificar o tempo em que os fatos se deram?
_____________________________________________
- Há expressões que
marcam o momento exato em que as ações ocorreram?
_______________________________
- Pelos verbos
usados, é possível saber se a ação ocorre no presente ou no passado?
_________________________
- Leia o outro trecho
de memórias, desta vez de Ilka BrunhildeLaurito:
Naquela grande casa de pedra em que vovô Vincenzo e
vovó Catarina moravam […] havia uma escadinha misteriosa que subia de uma das
grandes salas e que parava numa porta sempre trancada.
Ilka BrunhildeLaurito. As almas do Amém, in: A menina que fez a América.
São Paulo: FTD, 2002.
- Responda as
perguntas:
- Em que tempo
ocorreram os fatos relatados? ______________________________________________________
- Também no passado?
________________________________________________________________________
- Comparem os dois
textos e observe se percebem que, no primeiro trecho, predomina o
pretérito perfeito e, no segundo, o pretérito imperfeito.
- Diferença entre os
tempos verbais do passado: O pretérito perfeito indica uma ação pontual,
completamente terminada no passado, como: cheguei, passei,
comecei. Ele é adequado para relatar as ações “fechadas”, terminadas
no início da visita do autor à sua cidade natal. E o pretérito imperfeito
indica ação habitual no tempo passado, fato cotidiano que se repete muitas
vezes. Ele é adequado quando a autora descreve “a vida sempre igual de
todos os dias”.
- Leia o último
parágrafo de As almas do Amém:
E foi assim que acabei descobrindo que, quando vovô
Vincenzo acabava o terço e erguia as mãos para o teto, talvez estivesse pedindo
às almas do AMÉM que velassem pela fartura dos campos da Calábria e que nunca
deixassem faltar o pão e o vinho sobre as mesas a fim de que nenhum calabrês,
nunca mais, precisasse emigrar para terras alheias.
Ilka BrunhildeLaurito. As almas do Amém. In: A menina que fez a América.
São Paulo: FTD, 2002.
- Preste atenção na
utilização da forma verbal das palavras: cheguei, passei, comecei
no trecho acima. Qual é o tempo verbal dessas palavras? Caso não saibam,
perceba que o verbo está sendo empregado no pretérito, mas do modo
subjuntivo, e não do indicativo. Então, por que a autora utiliza o modo
subjuntivo, e não o indicativo?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
- Veja se percebem que
não há tom de certeza, mas de possibilidade de aquilo acontecer. Talvez o
avô estivesse pedindo que os campos continuassem fartos, talvez pedisse
outras coisas.
Para
saber mais
Indicativo
ou subjuntivo
Sempre que o autor quer marcar o grau de certeza de
que um fato realmente ocorreu, está previsto ou prestes a ocorrer, utiliza o
modo indicativo, que retrata situações consideradas reais por parte de quem
fala.
Quando ele quer narrar uma ação hipotética, utiliza o
modo subjuntivo, que retrata situações consideradas possíveis.
Palavras e expressões
Atividade 2
1. Observe as palavras e as expressões abaixo:
Gramofone de tromba e manivela
Zagaia
Lorota
2. Em seguida, escreva uma definição para essas
palavras com as suas palavras. Essas palavras foram retiradas de textos de
memórias literárias e se referem a objetos ou costumes antigos.
3. Leiam as frases abaixo. Agora vocês conseguem
definir melhor as mesmas palavras?
Na minha ótica de primeira infância, o Pantanal me
parecia mais perigoso que belo. Tinha medo de cobras (a jararaca, a cascavel e
a sucuri) e das onças (parda e pintada), então abundantes nas várzeas e capões.
A suprema forma de coragem era a caçada de onça com zagaia.
Roberto Campos. A lanterna na popa. Rio de
Janeiro: Topbooks, 1994.
Não se curtia som em aparelhos de alta-fidelidade.
Ouvia-se música em gramofones de tromba e manivela.
Zélia Gattai. Anarquistas, graças a Deus.
Rio de Janeiro: Record, 1986.
Quebrávamos as pontas dos lápis e com o descaramento e
a falsa pretensão de deixarmos todos eles apontadinhos para a letra ficar bem
desenhada e bem bonita nas nossas brochuras, lá íamos nós, atrás da porta e com
a gilette em punho, armar em cochichos a melhor estratégia para o próximo jogo.
Tudo lorota!
Antonio Gil Neto. Como num filme. Texto
escrito com base no depoimento de AmalfiMansutti, 82 anos.
4. A leitura dos trechos de onde foram retiradas as
palavras ajuda a descobrir o significado de cada uma delas. Então, responda as
perguntas:
a) Para que serve a zagaia?
___________________________________________________________________________________
b) Para que as pessoas usavam o gramofone?
____________________________________________________________________
c) Vocês podem imaginar o que é lorota?
_______________________________________________________________________
5. Agora voltem à definição que fizeram anteriormente
e vejam se é necessário fazer alguma mudança. Observe o que você escreveu antes
e depois da leitura dessas palavras nos textos.
6. Procure o significado dessas palavras no dicionário
(impresso ou virtual) ou observe as
definições abaixo:
Zagaia –
lança curta de arremesso.
Gramofone de tromba e manivela – aparelho antigo que reproduzia sons gravados
em disco. Para fazê-lo funcionar, girava-se uma manivela e o som saía por uma
tromba em formato de concha.
Lorota –
piada, mentira.
7. Neste momento, retomem o contato com as informações
coletadas das pessoas entrevistadas na Oficina 1. Faça uma lista com as
palavras e as expressões que as pessoas mais velhas usavam e atualmente são
pouco comuns.
8. Responda as perguntas:
a) Que palavras aparecem na fala dos entrevistados e
que a turma não usa?
________________________________________________________________________________________________________
b) Eles e elas conseguem atualizar a fala dos
entrevistados para a linguagem que utilizam?
________________________________________________________________________________________________________
c) É possível também notar diferenças na fala de
pessoas que vivem na zona rural e na cidade?
________________________________________________________________________________________________________
d) E entre pessoas de diferentes classes sociais?
________________________________________________________________________________________________________
e) Por que será que os mais velhos usam palavras que
as crianças e adolescentes não usam mais?
________________________________________________________________________________________________________
f) Há também variação entre pessoas que moram em
diferentes regiões do Brasil?
________________________________________________________________________________________________________
9. Assista aos seguintes vídeos:
Variação Linguística, projeto
Vidas em Movimento (UEMG).
Preconceito linguístico, da Khan Academy.
Observação: Embora haja formas de falar e escrever
mais prestigiadas que outras em nossa sociedade, chamamos a diferença de uso da
língua que acontece em razão da classe social, da idade, da região ou da forma
do registro (falado ou escrito) de variação linguística. Discriminar alguém em
razão desses usos trata-se de uma expressão de preconceito. Vale também
recuperar o diário de Carolina Maria de Jesus, em que a variação linguística
pode ser trabalhada com bastante detalhamento.
10. Volte à lista de palavras e expressões usadas
pelos entrevistados e elabore um glossário a partir delas. Você também deverá
escrever um pequeno texto contando uma situação em que a palavra ou expressão
era utilizada.
OBSERVAÇÃO: Envie suas respostas para o e-mail do(a)
seu(sua) professor(a):
7° ano A - Débora Pontes: debora.pontes@educacao.fortaleza.ce.gov.br
7° ano B e C - Leudilanio
Alves: antonio.leudiano@educacao.fortaleza.ce.gov.br
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