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9°Ano: Laboratórios 17/09

domingo, 23 de maio de 2021

7ºANO: PORTUGUÊS (PRODUÇÃO TEXTUAL) 24/05/21

 AGENDA:

OBSERVAÇÃO: Envie suas respostas para o e-mail do(a) seu(sua) professor(a):                                                             

  7° ano A - Débora Pontes: debora.pontes@educacao.fortaleza.ce.gov.br

  7° ano B e C - Leudilanio Alves: antonio.leudiano@educacao.fortaleza.ce.gov.br  


ATIVIDADE DE PRODUÇÃO TEXTUAL– 7º ANO

 

Produção Textual: Memórias Literárias

Oficina 10: Marcas do passado

 

Verbos no passado

O autor ou a autora de memórias literárias usa os verbos para marcar um tempo do passado. Esta oficina trata dos tempos verbais essenciais no gênero memórias: pretérito perfeito e pretérito imperfeito.

 

Atividade 1

 

Para saber mais

Verbos

Ataliba Castilho, em Nova gramática do português brasileiro, considera como verbo a palavra (1) que introduz participantes no texto, via processo de apresentação, por exemplo; (2) que os qualifica devidamente, via processo de predicação; (3) que concorre para a constituição dos gêneros discursivos, via alternância de tempos e modos.

  1. Leia o trecho abaixo:

Cheguei a Nova Granada de manhãzinha, quase escuro, quase claro, a noite indo embora sem pressa e o dia, menos apressado ainda, dando as caras. Passei a alça da mochila pelo ombro, e comecei a caminhar em direção da casa de meus pais, localizada no centro da cidade, para uma visita de carinho e saudade.

Edson Gabriel Garcia. Nas ondas do rádio. Cenpec, 2004.

  1. Responda as perguntas:
    • É possível identificar o tempo em que os fatos se deram? _____________________________________________
    • Há expressões que marcam o momento exato em que as ações ocorreram? _______________________________
    • Pelos verbos usados, é possível saber se a ação ocorre no presente ou no passado? _________________________

 

  1. Leia o outro trecho de memórias, desta vez de Ilka BrunhildeLaurito:

Naquela grande casa de pedra em que vovô Vincenzo e vovó Catarina moravam […] havia uma escadinha misteriosa que subia de uma das grandes salas e que parava numa porta sempre trancada.

Ilka BrunhildeLaurito. As almas do Amém, in: A menina que fez a América. São Paulo: FTD, 2002.

 

  1. Responda as perguntas:
    • Em que tempo ocorreram os fatos relatados? ______________________________________________________
    • Também no passado? ________________________________________________________________________

 

  1. Comparem os dois textos e observe se percebem que, no primeiro trecho, predomina o pretérito perfeito e, no segundo, o pretérito imperfeito.

 

  1. Diferença entre os tempos verbais do passado: O pretérito perfeito indica uma ação pontual, completamente terminada no passado, como: cheguei, passei, comecei. Ele é adequado para relatar as ações “fechadas”, terminadas no início da visita do autor à sua cidade natal. E o pretérito imperfeito indica ação habitual no tempo passado, fato cotidiano que se repete muitas vezes. Ele é adequado quando a autora descreve “a vida sempre igual de todos os dias”.

 

  1. Leia o último parágrafo de As almas do Amém:

E foi assim que acabei descobrindo que, quando vovô Vincenzo acabava o terço e erguia as mãos para o teto, talvez estivesse pedindo às almas do AMÉM que velassem pela fartura dos campos da Calábria e que nunca deixassem faltar o pão e o vinho sobre as mesas a fim de que nenhum calabrês, nunca mais, precisasse emigrar para terras alheias.

Ilka BrunhildeLaurito. As almas do Amém. In: A menina que fez a América. São Paulo: FTD, 2002.

 

  1. Preste atenção na utilização da forma verbal das palavras: cheguei, passei, comecei no trecho acima. Qual é o tempo verbal dessas palavras? Caso não saibam, perceba que o verbo está sendo empregado no pretérito, mas do modo subjuntivo, e não do indicativo. Então, por que a autora utiliza o modo subjuntivo, e não o indicativo?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

  1. Veja se percebem que não há tom de certeza, mas de possibilidade de aquilo acontecer. Talvez o avô estivesse pedindo que os campos continuassem fartos, talvez pedisse outras coisas.

Para saber mais

Indicativo ou subjuntivo

Sempre que o autor quer marcar o grau de certeza de que um fato realmente ocorreu, está previsto ou prestes a ocorrer, utiliza o modo indicativo, que retrata situações consideradas reais por parte de quem fala.

Quando ele quer narrar uma ação hipotética, utiliza o modo subjuntivo, que retrata situações consideradas possíveis.

 

Palavras e expressões

Atividade 2

1. Observe as palavras e as expressões abaixo:

Gramofone de tromba e manivela

Zagaia

Lorota

 

2. Em seguida, escreva uma definição para essas palavras com as suas palavras. Essas palavras foram retiradas de textos de memórias literárias e se referem a objetos ou costumes antigos.

 

3. Leiam as frases abaixo. Agora vocês conseguem definir melhor as mesmas palavras?

Na minha ótica de primeira infância, o Pantanal me parecia mais perigoso que belo. Tinha medo de cobras (a jararaca, a cascavel e a sucuri) e das onças (parda e pintada), então abundantes nas várzeas e capões. A suprema forma de coragem era a caçada de onça com zagaia.

Roberto Campos. A lanterna na popa. Rio de Janeiro: Topbooks, 1994.

 

Não se curtia som em aparelhos de alta-fidelidade. Ouvia-se música em gramofones de tromba e manivela.

Zélia Gattai. Anarquistas, graças a Deus. Rio de Janeiro: Record, 1986.

 

Quebrávamos as pontas dos lápis e com o descaramento e a falsa pretensão de deixarmos todos eles apontadinhos para a letra ficar bem desenhada e bem bonita nas nossas brochuras, lá íamos nós, atrás da porta e com a gilette em punho, armar em cochichos a melhor estratégia para o próximo jogo. Tudo lorota!

Antonio Gil Neto. Como num filme. Texto escrito com base no depoimento de AmalfiMansutti, 82 anos.

 

4. A leitura dos trechos de onde foram retiradas as palavras ajuda a descobrir o significado de cada uma delas. Então, responda as perguntas:

a) Para que serve a zagaia? ___________________________________________________________________________________

b) Para que as pessoas usavam o gramofone? ____________________________________________________________________

c) Vocês podem imaginar o que é lorota? _______________________________________________________________________

 

5. Agora voltem à definição que fizeram anteriormente e vejam se é necessário fazer alguma mudança. Observe o que você escreveu antes e depois da leitura dessas palavras nos textos.

 

6. Procure o significado dessas palavras no dicionário (impresso ou virtual) ou observe as definições abaixo:

Zagaia – lança curta de arremesso.

Gramofone de tromba e manivela – aparelho antigo que reproduzia sons gravados em disco. Para fazê-lo funcionar, girava-se uma manivela e o som saía por uma tromba em formato de concha.

Lorota – piada, mentira.

 

7. Neste momento, retomem o contato com as informações coletadas das pessoas entrevistadas na Oficina 1. Faça uma lista com as palavras e as expressões que as pessoas mais velhas usavam e atualmente são pouco comuns.

 

8. Responda as perguntas:

a) Que palavras aparecem na fala dos entrevistados e que a turma não usa?

________________________________________________________________________________________________________

b) Eles e elas conseguem atualizar a fala dos entrevistados para a linguagem que utilizam?

________________________________________________________________________________________________________

c) É possível também notar diferenças na fala de pessoas que vivem na zona rural e na cidade?

________________________________________________________________________________________________________

d) E entre pessoas de diferentes classes sociais?

________________________________________________________________________________________________________

e) Por que será que os mais velhos usam palavras que as crianças e adolescentes não usam mais?

________________________________________________________________________________________________________

f) Há também variação entre pessoas que moram em diferentes regiões do Brasil?

________________________________________________________________________________________________________

 

9. Assista aos seguintes vídeos:

Variação Linguística, projeto Vidas em Movimento (UEMG).

Preconceito linguístico, da Khan Academy.

Observação: Embora haja formas de falar e escrever mais prestigiadas que outras em nossa sociedade, chamamos a diferença de uso da língua que acontece em razão da classe social, da idade, da região ou da forma do registro (falado ou escrito) de variação linguística. Discriminar alguém em razão desses usos trata-se de uma expressão de preconceito. Vale também recuperar o diário de Carolina Maria de Jesus, em que a variação linguística pode ser trabalhada com bastante detalhamento.

 

10. Volte à lista de palavras e expressões usadas pelos entrevistados e elabore um glossário a partir delas. Você também deverá escrever um pequeno texto contando uma situação em que a palavra ou expressão era utilizada.

 

OBSERVAÇÃO: Envie suas respostas para o e-mail do(a) seu(sua) professor(a):                                                             

  7° ano A - Débora Pontes: debora.pontes@educacao.fortaleza.ce.gov.br

  7° ano B e C - Leudilanio Alves: antonio.leudiano@educacao.fortaleza.ce.gov.br  


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